145 médicos disputam 12 vagas da Residência Médica da Santa Casa
Deve ser divulgado na sexta-feira o resultado do exame de seleção disputado por 145 médicos a uma das vagas das seis especialidades de Residência Médica da Santa Casa de Paranavaí. O exame aconteceu no último sábado, na Unipar, e foi aplicado por uma empresa de Maringá.
A especialização mais disputada foi oftalmologia – 44 médicos disputaram duas vagas. Nas outras especialidades a concorrência ficou da seguinte forma: Anestesiologia – 17 concorrentes para uma vaga; Cirurgia Geral – 36 para três vagas; Clínica Médica – 18 para duas vagas; Ginecologia e Obstetrícia – 12 para duas vagas; e pediatria – 18 concorrentes para duas vagas.
Por se tratar de um programa que foi implantado há pouco tempo – vai entrar no quarto ano – o número de inscritos chega a surpreender. Para o presidente da Comissão de Residência Médica (Coreme) da Santa Casa, Jorge Pelisson, um dos fatores que contribuiu para a divulgação do curso foi o número de aprovações de egressos da Residência do hospital local em outras especializações.
Ele explica que residências em Clínica Médica, Cirurgia Geral e Pediatria são pré-requisitos para outras sub especialidades. E vários residentes da Santa Casa festas especialidade foram aprovados em outras residências. “Os próprios médicos que fizeram residência aqui e depois passaram em outra acabaram fazendo a nossa divulgação”, diz Pelisson.
O presidente do Coreme lembra ainda que a iniciativa da Santa Casa em antecipar o exame de seleção contribuiu para aumentar o número de candidatos. “O curso acaba ficando também mais exigente, porque aumenta a disputa. O corte de nota para aprovação fica mais alto. Isto contribui para que a Residência atinja um alto nível em pouco tempo”, explica o médico.
Jorge Pelisson diz que um dos segredos do bom nível da Residência Médica da Santa Casa é não ter aberto um grande número de vagas. “Com menos pessoas o médico preceptor fica mais focado nos residentes. E estes têm condições de fazer mais prática. Podemos dizer que a Residência nada mais é do que o treinamento em serviço. É o desenvolvimento das habilidades com treinamento. Durante a residência 90% do tempo é destinado ao treinamento prático. Como o número de residentes é baixo ele vai praticar mais”, sublinha.
Para se ter uma ideia, um residente de Cirurgia Geral da Santa faz durante a especialização o dobro de procedimentos cirúrgicos em relação a um residente de um grande hospital. “São mais residentes e têm que dividir os procedimentos entre eles”, aponta Pelisson