19 PMs do Rio são presos suspeitos de cobrar propina
RIO DE JANEIRO (Da Folhapress) – A cúpula da segurança do Rio prendeu, na manhã de ontem, 19 policiais militares sob acusação de cobrança de propina de comerciantes, mototaxistas, motoristas de cooperativas de vans e de empresas transportadoras de cargas, na zona oeste carioca.
Entre os presos estão o chefe do COE (Comando de Operações Especiais) da PM, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o coordenador de operações do 14º Batalhão de Bangu, major Edson Alexandre Pinto de Goes.
Oliveira é considerado o terceiro homem na hierarquia da PM. Ele foi preso em casa, no Leme, zona sul da cidade. Antes de ficar à frente do COE, ele comandou o Batalhão de Bangu. Agora, é apontado pela investigação como chefe da quadrilha.
Além de Oliveira e Goes, outros quatro oficiais são procurados sob acusação de envolvimento no crime. Investigadores buscam mais cinco PMs suspeitos.
A operação é coordenada pela inteligência da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio.
A denúncia foi encaminhada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Bangu, que expediu 43 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão preventiva, dos quais 24 são contra PMs.
Em nota, o Ministério Público informou que durante dois anos, de 2012 a 2013, os suspeitos praticavam crimes de concussão (extorsão cometida por servidor público) na zona oeste.
"A quadrilha exigia propinas que variavam entre R$ 30 e R$ 2.600 e eram cobradas diária, semanal ou mensalmente, como garantia de não reprimir ações criminosas de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizadas, transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu", disse.
De acordo com o Ministério Público, as denúncias foram baseadas em depoimentos de testemunhas, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial que compõem mais de 20 volumes de inquérito.
"O 14º Batalhão de Bangu foi transformado em um verdadeiro ´balcão de negócios´, em que os ´lucros´ eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de equipes policiais, sendo que a maior parte da propina era repassada para os oficiais que comandavam a quadrilha", afirma em nota.
Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu pelo crime de associação criminosa armada, do Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de prisão. Eles também podem responder pelos crimes de concussão. A reportagem tentou localizar os advogados dos presos, mas eles não foram encontrados na manhã desta segunda.
Entre os presos estão o chefe do COE (Comando de Operações Especiais) da PM, coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o coordenador de operações do 14º Batalhão de Bangu, major Edson Alexandre Pinto de Goes.
Oliveira é considerado o terceiro homem na hierarquia da PM. Ele foi preso em casa, no Leme, zona sul da cidade. Antes de ficar à frente do COE, ele comandou o Batalhão de Bangu. Agora, é apontado pela investigação como chefe da quadrilha.
Além de Oliveira e Goes, outros quatro oficiais são procurados sob acusação de envolvimento no crime. Investigadores buscam mais cinco PMs suspeitos.
A operação é coordenada pela inteligência da Secretaria de Segurança e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Rio.
A denúncia foi encaminhada pelo Gaeco à 1ª Vara Criminal de Bangu, que expediu 43 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão preventiva, dos quais 24 são contra PMs.
Em nota, o Ministério Público informou que durante dois anos, de 2012 a 2013, os suspeitos praticavam crimes de concussão (extorsão cometida por servidor público) na zona oeste.
"A quadrilha exigia propinas que variavam entre R$ 30 e R$ 2.600 e eram cobradas diária, semanal ou mensalmente, como garantia de não reprimir ações criminosas de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizadas, transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu", disse.
De acordo com o Ministério Público, as denúncias foram baseadas em depoimentos de testemunhas, documentos e diálogos telefônicos interceptados com autorização judicial que compõem mais de 20 volumes de inquérito.
"O 14º Batalhão de Bangu foi transformado em um verdadeiro ´balcão de negócios´, em que os ´lucros´ eram provenientes de arrecadação de propinas por parte de equipes policiais, sendo que a maior parte da propina era repassada para os oficiais que comandavam a quadrilha", afirma em nota.
Os acusados responderão na 1ª Vara Criminal de Bangu pelo crime de associação criminosa armada, do Código Penal Militar. A pena é de dois a seis anos de prisão. Eles também podem responder pelos crimes de concussão. A reportagem tentou localizar os advogados dos presos, mas eles não foram encontrados na manhã desta segunda.
Polícia apreende R$ 287 mil na casa de major
A Corregedoria da Polícia Militar e dois promotores do Ministério Público estadual do Rio apreenderam, ontem, R$ 287 mil na casa do major Edson Pinto de Goes.
No momento em que o dinheiro foi encontrado o major não fez qualquer comentário. Goes disse que só irá falar na Justiça.
"A corrupção era institucionalizada. Tudo que estava a margem da lei era alvo da quadrilha", disse o subsecretário de Inteligência da Segurança do Rio, o delegado Fabio Galvão.