Técnico Guto avisa: “Não sou especialista em Série B”

Apresentado na tarde de ontem, o técnico Guto Ferreira disse que o Internacional era o único clube capaz de fazê-lo deixar o Bahia. Relembrou de uma passagem anterior, em 1997, quando foi chamado para ajudar a reestruturar a base.
De certa maneira, comparou com o trabalho atual, de reconstrução e condução do time à Série A do Brasileiro. Mas mostrou que está ciente da forte cobrança e, da sua forma, pediu paciência.
“Não sou especialista em Série A, B e C. Eu trabalho com futebol. Já deixei a Chapecoense na Série A para assumir o Bahia em 13º e subir de divisão. Subi da Série D para a Série C com o Mogi Mirim. Independente da dificuldade do trabalho, a gente tem se envolvido de tal maneira que tem conseguido os resultados. Isso é importante. Não a divisião ou o campeonato”, disse Guto, durante a entrevista coletiva, no CT do Internacional.
“A segunda divisão não admite erro. Não admite um clube se achar maior. Você tem de se impor, mostrar-se maior. A medida que o Inter se impor, ele  vai ter condições de conseguir os resultados que busca. Todo mundo quer tirar uma casquinha do Inter. Sabe que vencer o Inter significa aparecer nas manchetes, ter destaque”, falou sobre a Série B.
Durante a entrevista, Guto Ferreira não fez avaliações individuais do elenco colorado. Também não falou sobre reforços. Mas abordou bastante o que espera extrair dos jogadores e como quer ver seu time jogando o torneio.
A estreia de Guto será já neste sábado, diante do Juventude, no Beira-Rio, em Porto Alegre, pela quarta rodada da Série B. Confira outras respostas dele.
INSPIRAÇÃO – A pedido dos jornalistas, Guto listou vários treinadores em que se inspira. Muitos passaram pelo Internacional, onde espera ter o sucesso tão desejado.
Aprendi muito com Tite, Autuori, Parreira, Muricy, Abel. Sou um felizardo. Deus me colocou na frente de muitos treinadores com competência, como o Telê. Fora a gente pesquisa muito. Eu gosto de Bielsa, Simeone, algumas coisas do Guardiola. Até treinadores que não estão muito em pauta. Tipo Maurizio Sarri, do Napoli. Tem tanta gente boa. Arrigo Sacchi. Ancelotti. Nenhum vai te dar receite de bolo. Importante são ideias. Copiar as ideias”.
Já quando foi lembrado do apelido Gordiola…
“Esse apelido foi colocado pelo Flávio Prado, em São Paulo. Ele quebrou o preconceito contra o gordo. Foi recebido de forma bem humorada pelo povo baiano. Mas sou Guto Ferreira e prefiro ser valorizado pelo trabalho do que pelo apelido. Senão as pessoas ficam muito no apelido e esquecem de olhar o trabalho”, finalizou o treinador.