Assembleia promove debate sobre fraudes em postos de combustíveis

CURITIBA – Para debater a adulteração de combustíveis no Paraná, acontece na segunda-feira (15), Audiência Pública para discutir Fraudes em Postos Combustíveis no estado.
O evento, proposto pelo deputado Felipe Francischini (Solidariedade), acontece a partir das 10h30, no Auditório Legislativo, da Assembleia Legislativa do Paraná, com a presença de representantes dos órgãos competentes e do setor de combustíveis.
“Temos que cobrar apuração e punição rigorosa para os que cometem adulteração de combustíveis no Paraná, porque estão lesando os consumidores paranaense. Já solicitei à Polícia Civil que aprofunde as investigações acerca das irregularidades envolvendo o setor de combustíveis e agora vamos ouvir todos os envolvidos. Queremos saber como estão as investigações, o que já foi apurado, quais medidas já estão sendo tomadas e os próximos passos”, pontuou Francischini.
OPERAÇÃO PANE SECA – Deflagrada em março, a Operação Pane Seca, fechou nove postos de combustíveis e prendeu seis pessoas suspeitas de fraudar a quantidade de combustível que sai das bombas, gerando prejuízo aos motoristas e ganhos às organizações criminosas.
A operação foi realizada pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diep) e requisitada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), que recebeu informações da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC) de que postos estavam fraudando a quantidade de combustíveis no momento do abastecimento.
De acordo com a polícia, para a fraude funcionar, as quadrilhas instalavam dispositivos eletrônicos nas bombas. Eles eram os responsáveis por interromper o fluxo de combustível efetivamente expelido, sem que houvesse interrupção na medição da quantidade de litros a ser paga pelo consumidor.
Assim, a quantia de combustível de fato inserida nos tanques dos veículos dos consumidores era inferior ao que era registrado nas bombas. Isso fazia com que os clientes pagassem valores a mais em cada abastecimento.
“A máfia dos combustíveis é antiga, prejudica os consumidores e os bons empresários do setor, por isso precisamos saber quais medidas estão sendo tomadas para inibir esse crime e o andamento das fiscalizações. Por isso, estamos abrindo espaço para discutir esse tema tão importante”, comentou Francischini.