Qual o futuro que nos espera?
Rogério J. Lorenzetti*
Sou otimista por convicção. Acredito na capacidade das pessoas e das sociedades para superarem e vencerem as piores dificuldades. Assim tem sido no decorrer da história humana.
Acompanhando o noticiário desta semana vejo, com preocupação, a falta de notícias boas, tanto em nível local, quanto nacional. O tema principal tem sido as denúncias, agora transformadas em inquéritos, contra dezenas de políticos, muitos ocupando cargos e funções importantes no cenário político do país.
O cidadão comum, já descrente da maioria dos políticos, espera agora que a justiça se encarregue de apurar, julgar e sentenciar os casos divulgados.
Pelo visto, e considerando que novas "delações premiadas" estão a caminho, sobrarão poucos deste grupo de deputados e senadores que exercem o mandato popular, sem enfrentar longos processos judiciais.
Comprovada a culpa, deixarão a vida pública da pior forma, mas fica o exemplo para uma nova geração de políticos e eleitores: teremos que mudar a forma de escolha dos nossos representantes.
Pesquisar, pela Internet, a vida regressa dos candidatos, seu histórico de conduta pessoal e familiar, os serviços prestados à sociedade, seja como político(a) ou cidadão(ã), os valores e a capacidade para, com sua formação pessoal e conhecimento, conduzir aos resultados necessários melhorando o país e as comunidades. Condição fundamental para mudar esta triste realidade.
Mas estou confiante que superaremos esta fase e o Brasil seguirá em frente. Temos um país maravilhoso, cheio de riquezas naturais, solo e clima que nos tornam um dos maiores produtores de alimentos do mundo, um povo que, em sua maioria, é trabalhador e correto.
Nosso mercado é composto de muitas pessoas e empresas dispostas a investir, tendo a segurança necessária, que deve ser provida pelo estado e as leis vigentes.
Melhorar o poder aquisitivo dos salários (movimentar a "roda da fortuna" no sentido do tripé: emprego, poder aquisitivo, investimentos) dando também a devida atenção aos serviços de responsabilidade do poder público (principalmente nas áreas estratégicas da educação, atendimento à saúde e infraestrutura, além de outros) que conduzam ao bem-estar social.
Enfim uso a frase que sempre ouvia de um amigo português, radicado no Brasil: "vocês brasileiros, têm um país maravilhoso e não valorizam isso!".
Superar as dificuldades, colocar pessoas certas no lugar certo, separar dos ocupantes de cargos públicos aqueles que, usando demagogia e falsas promessas, são ungidos pelo voto popular e decepcionam a população, daqueles que, com conhecimento e valores éticos conduzem suas comunidades ao desenvolvimento. Valorizar estes últimos com o voto para conduzir o país às mudanças necessárias e urgentes.
*Rogério J. Lorenzetti, ex-prefeito de Paranavaí, período 2009/2016