Sinserpar deve se reunir com prefeito ainda este mês para apresentar reivindicações

A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Paranavaí (Sinserpar) vai pedir uma audiência com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ) ainda este mês para fazer algumas reivindicações, que foram apresentadas pela categoria durante a assembleia geral realizada nesta terça-feira (dia 6). Na sede da ACIAP. O encontro foi o primeiro passo para elaborar a pauta de reivindicações para a negociação na data base da categoria. Várias sugestões foram apresentadas e farão parte da pauta. Mas, alguns assuntos precisam de encaminhamento imediato.
O presidente Gabriel dos Santos Luiz elogiou a presença dos servidores na Assembleia, que quase lotou o auditório. As duas últimas reuniões foram realizadas na sede do próprio Sindicato prevendo a participação da categoria não seria tão expressiva. “A cada assembleia está aumentando o número de servidores. E esta união é importante para fortalecer nossa entidade. Precisamos continuar o processo de conquistas e garantir o que já foi conquistado”, disse ele.
Logo após a Assembleia alguns servidores foram buscar ficha de filiação ao Sindicato. “A ente está vendo que vocês estão trabalhando por nós. Vou me sindicalizar e trabalhar para que outras servidoras também se filiem”, disse uma funcionária de uma escola. “Somos quase 800 filiados, mas podemos ser muito mais”, enfatizou Gabriel.
VALE-ALIMENTAÇÃO – Os servidores aprovaram na assembleia apoio à concessão do vale-alimentação também para os agentes de conservação, cozinheiras, agentes administrativos e motoristas. Atualmente (começou este mês) somente os professores, atendentes de creche e agentes de apoio educacional estão recebendo o benefício, que é pago com recursos do Fundeb, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. A avaliação do Sindicato é que com esta concessão, ainda que parcial, ficará mais fácil contemplar as demais categorias, já que a Educação tem um fundo próprio que permite o pagamento.
Gabriel dos Santos explicou que, em conversa com o prefeito Carlos Henrique Rossato Gomes (Delegado KIQ), ele se comprometeu que “havendo legalidade concederá o benefício aos demais servidores da Educação”. O presidente contou que esteve também com o vereador Milton Hipólito dos Santos (Miltão), que foi o único a votar contra o vale-alimentação. Esta posição foi porque o benefício se limitava a apenas uma parcela da categoria. Mas agora se comprometeu a votar favoravelmente num eventual projeto para estender o benefício aos demais servidores da Secretaria de Educação. Miltão justificou que assim que assumiu o mandato apresentou indicação na Câmara pedindo o vale-alimentação a todos os servidores do município e que, na ocasião, seria incoerências da parte dele aceitar para apenas parte dos da Educação. “Ele não estava contra a concessão do vale-alimentação, mas queria que se estendesse a todos. E agora está conosco, inclusive para ir até o prefeito e ajudar na negociação”, explicou o líder sindical. Na assembleia também foi lida uma carta aberta do vereador Lucas Barone, manifestando apoio à categoria.
Sobre este assunto, o presidente lembrou que desde a primeira assembleia da atual gestão, a diretoria do Sinserpar vem defendendo o vale-alimentação para todos os servidores. “E é isto que continuamos a defender. Mas se as circunstâncias nos obrigam que a concessão seja feito aos poucos, não vamos nos posicionar contra. Concordamos e vamos continuar lutando para estender o benefício a todos”, explicou.
PRESTAÇÃO DE CONTAS – Antes da pauta do dia, Gabriel dos Santos abordou dois assuntos. Anunciou que o Sindicato vai promover um jantar dançante no dia 25 de outubro, no Idade Dourada, para comemorar o Dia do Servidor, em 28 de outubro. O evento será gratuito paras o servidor sindicalizado e acompanhantes pagarão o preço de custo.
Outro assunto foi uma breve prestação de contas mostrando as receitas e despesas do Sindicato. Com esta apresentação, a diretoria justificou porque ainda não foi possível baixar a mensalidade para 1% do salário do servidor – atualmente é 2%. Além de mostrar receitas e despesas, foi projetado de como ficaria a arrecadação se fosse cobrado 1% da mensalidade. E haveria um déficit de quase 20% mensalmente. “Precisamos ter mais sindicalizados e aí é possível todos pagar menos”, explicou Santos.
JORNADA DE TRABALHO – Um dos assuntos que mais discutido na Assembleia foi a jornada de trabalho. Em alguns casos a jornada de trabalho está fora da realidade. Alguns servidores têm que cumprir horário quando o equipamento que trabalha está fechado, por exemplo. Já a mesma exigência que é feita a maioria dos servidores não serve para os que trabalham no Paço Municipal. Ali o expediente é de 35 horas semanais, enquanto os demais servidores cumprem 40 ou 44 horas semanais. “A informação que tivemos é que o prédio da prefeitura seria o primeiro a cumprir a jornada de 40 horas semanais”, disse. “Vamos ver qual o critério que está sendo adotado”, completou.
Gabriel deixou claro que o servidor não se nega a cumprir com a jornada de trabalho. “O que é certo, é certo. Mas não dá, por exemplo, para o servidor de uma escola trabalhar 9 horas por dia se a escola só funciona 8 horas por dia”, explicou.
Além do mais, para cumprir a jornada, muitos servidores ficaram com apenas uma hora de almoço. O problema é que os equipamentos da prefeitura não oferecem refeitório, local para esquentar a comida etc. “O que precisamos é nos adequar a realidade e fazer justiça”, resumiu Santos.