A CRISE

Segundo a sabedoria chinesa, crise é oportunidade. Oportunidade de que? De descobrir que somos pessoas com muito mais recursos que imaginamos ter. Quantas pessoas descobriram ou criaram algo novo exatamente quando perderam sua “vaquinha”, aquele emprego ou trabalho que os mantinham numa zona de conforto. Se a crise começa a te derrubar é porque teu idealismo ou foco de vida é muito frágil.
Será que essa “crise” brasileira já não foi anunciada há alguns anos?  Os economistas, empresários, homens de negócios, sabiam dela. Claro que no Brasil foi usada e manipulada politicamente. Os meios de comunicação contribuíram muito falando todos os dias dela, pois eles também faziam parte do mesmo jogo político, tanto que, uma vez conseguido o objetivo, não mais se falou em crise, como se ela tivesse desaparecido.  A verdade é que ela continua presente e muito mais intensa, pois faz parte de uma crise que atinge o mundo.
Alguns meses atrás, num jantar de casamento de um dos meus sobrinhos, estava presente uma sobrinha engenheira civil que mora em Joinville-SC. Perguntei para ela: – Sobrinha, e a crise na construção civil te atingiu? Veja a resposta dela: – Que crise tio? Para mim não existe crise. Este ano ganhei mais dinheiro que nos anos anteriores. 
O que vejo que ela fez? Partiu para a ação. Confiou na sua qualidade e não ficou na defensiva, lamentando, reclamando, com medo de ser atingida. Partiu para o ataque, mostrando habilidades e alterando a tática do jogo, porque o adversário exigiu mudança de estratégia. Não ficou parada, vendo o navio afundar e muito menos ficou olhando para os derrotados, mas inspirando-se em quem estava tendo sucesso. 
Nessa hora de crise é preciso se afastar dos fracassados, dos que só se lamentam. Aproximar-se de quem está vencendo e aprender deles. Saber aproveitar da mão de obra disponível e melhorar o seu “plantel”. Pegue os melhores que ficaram disponíveis. Se seu produto ou seu serviço não é mais atrativo, recrie algo novo, atualize-se às novas tendências.
Muita gente está tendo a atitude do sapo: Certa vez, um homem quis fazer uma experiência que há muito tempo achava que não seria interessante. Foi até a lagoa e pegou um pouco de água e a colocou em uma bacia de alumínio. Em seguida, capturou um sapo que estava dentro da lagoa e o colocou com muito cuidado dentro da bacia com a água do seu próprio habitat. Depois colocou a bacia em cima de uma fogueira pequena e a água foi esquentando lentamente até ferver completamente. O nosso sapo não reagiu ao aumento gradual da temperatura (mudança de ambiente) e morreu quando a água estava fervendo. Bem inchadinho e feliz.
A crise veio surgindo aos poucos e quantos se preveniram? Quantos fizeram uma reserva financeira? Quantos se preocuparam em antecipar a crise, diversificando seu trabalho? Quantos buscaram novos conhecimentos? Por outro lado, quantas pessoas vivendo dominadas por suas crenças limitantes, achando-se incapazes de algo melhor e maior! Quanta gente que não se acha merecedora de prosperidade e sucesso! Quanta gente satisfeita com migalhas, quando dentro de si existe uma águia, mas o medo de alçar vôos maiores, preferem viver o mundinho das galinhas. Quantas pessoas preferem ficar se lamentando, reclamando, atraindo sobre si mais energia negativa do que levantar a cabeça e ver tudo como uma nova oportunidade!
Veja isto: Tire o S da palavra CRISE = CRIE. Agora pega o S e faça um traço nele = $. Então fica assim: CRISE = CRIE = $.
“Todas as pessoas que são vitoriosas em qualquer empreendimento têm de estar dispostas a queimar seus recursos e cortar as possibilidades de retroceder. Só assim pode-se ter a certeza de manter aquele estado mental conhecido como ‘desejo que queima por dentro’ de vencer; essencial para o sucesso” (Napoleon Hill)
Colaboração de Josué Ghizoni