Testemunha relata homicídio, mas corpo da vítima não é encontrado
Há fortes indícios de que a negociação de uma camionete, na noite do último domingo, terminou em latrocínio (roubo com resultado de morte). Até a tarde de ontem, o corpo da suposta vítima, Élio Gustavo Lima Marqueze, de 27 anos, não tinha sido localizado.
Uma testemunha, que estava junto com Marqueze, afirmou que o proprietário da camionete foi assassinado com um tiro na nuca, em ação ocorrida no Jardim Oásis, em Paranavaí.
De acordo com o superintendente da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), Celso Vinicius Klososki, a testemunha disse que conseguiu escapar depois que entrou em luta corporal com o autor do tiro. A luta teria sido no interior da camionete Mitsubishi Triton.
Em depoimento à polícia, o rapaz disse que a vítima estava negociando a venda da camionete desde a última sexta-feira. No domingo, fechou a venda por R$ 85 mil, que seriam pagos em dinheiro vivo. O local combinado para entregar o veículo foi uma rua localizada no Jardim Oásis.
No local indicado, os compradores entraram na camionete e um deles foi dirigir para testar o veículo. Marqueze sentou-se no banco de passageiro, e assim que o veículo começou a circular foi atingido por um disparo na nuca, efetuado pelo homem que estava no banco de trás.
Em seguida, o assassino atirou contra o passageiro e a arma falhou. Começou então uma luta, com o rapaz conseguindo abrir a porta – os dois caíram do veículo em movimento. Conforme ilustra a testemunha, mesmo com o joelho ferido, conseguiu fugir. Dois disparos foram feitos em sua direção, mas não o acertaram, disse ele em depoimento.
Na Delegacia, o rapaz identificou os dois homens, um deles foragido do sistema prisional de Maringá, o outro reside no Jardim Morumbi, local onde a vítima também tinha um comércio.
A polícia tenta confirmar o assassinato, mas até ontem no final da tarde não tinha informações sobre a localização do corpo de Élio Gustavo Lima Marqueze, e apurava mais informações sobre o caso. A roupa da testemunha, manchada de sangue, que ela diz ser de Marqueze, será enviada à Polícia Civil.
TENTATIVA – Marqueze já tinha cumprido pena por dupla tentativa de homicídio. Em 2012, teria sido o autor dos disparos que atingiram a cabeça de um rapaz e a perna de outro. O caso aconteceu no Jardim Morumbi.
Segundo as informações da Polícia Civil, no dia da dupla tentativa de homicídio, Marqueze teria tentado fugir utilizando carro e moto, sem sucesso. Foi preso e permaneceu por quase um ano no minipresídio de Paranavaí.
A polícia já constatou que o provável autor do disparo que matou Marqueze foi preso por furto e roubo anteriormente. O acusado, de 22 anos, teve a primeira passagem policial na região metropolitana de Curitiba.