Campanha política

Rogério J. Lorenzetti*

Com o devido registro das candidaturas, começa o período da campanha eleitoral que vai escolher, pelo voto popular, os novos dirigentes municipais da nossa federação.

Esta será diferente das que a antecederam, tanto pela forma como pelo conteúdo, devido às novas regras definidas em lei própria. Começando pelos valores máximos de gastos, agora definidos pela justiça eleitoral e não mais pelos partidos.

Em uma tentativa de baratear o processo, fizeram limites modestos que deverão ser obedecidos pelos candidatos, sob pena de não aprovação das prestações de contas e consequentemente a não diplomação pela justiça eleitoral.

Aos adeptos do "jeitinho" é bom advertir que a prática do caixa dois será reprimida com vigor, seja através das prestações de contas, ou pela fiscalização exercida pelos órgãos competentes, adversários e por eleitores atentos a campanha eleitoral.

Com a já divulgada proibição de doações por parte das empresas, fica muito prejudicada a arrecadação de recursos a serem gastos nas campanhas aos executivos e legislativos nacionais. Esta será uma campanha diferente e servirá como um "laboratório" para as demais que forem realizadas no futuro.

Ao meu ver o processo democrático fica prejudicado pela ausência de financiamento adequado, mas no futuro esta nova forma poderá contribuir para a diminuição do uso do poder econômico nas eleições.

Vamos aguardar com expectativa positiva o início do horário político esperando que traga com ele boas propostas, factíveis e inovadoras para melhorar a administração das cidades brasileiras, principalmente neste tempo de escassez de recursos que o cenário econômico desenha para o Brasil.

Que a campanha seja uma forma de apresentar também os candidatos, com suas qualidades, defeitos e histórico de vida, principalmente ao exercer cargos públicos.

Vencendo os melhores, as cidades serão as grandes beneficiadas. O poder volta ao povo para que dele faça bom uso através de escolhas conscientes e analisadas com a razão e não somente com emoções passageiras de uma campanha. Importante lembrar que "voto não tem preço e sim consequência" que no caso, dura quatro longos anos e pode impactar a vida de todos.

*Rogério J. Lorenzetti, prefeito reeleito de Paranavaí