Quatro que fugiram da penitenciária junto com Turcão continuam foragidos

Quatro dos seis detentos que fugiram da Penitenciária Estadual de Maringá (PEM), no dia 29 de maio, continuam foragidos, incluindo dois de Paranavaí.
Junto com esse grupo estava Marcelo de Oliveira Choti, 35 anos, conhecido como Turcão. Dono de extensa ficha policial, ele morreu em confronto com policiais no dia 8 de junho, na PR-542, região de Jardim Olinda, a 89 km de Paranavaí.
O vice-diretor da PEM, Osvaldo Machado, confirmou ontem que dos foragidos apenas Kevin Benedito Alves Generozo, 29 anos, foi recapturado em Cianorte, uma semana após a morte de Turcão.  
Com isso, continuam foragidos os paranavaienses Marcelo Ferreira Guimarães, 34 anos, e Jackson Silva Ribeiro, 28 anos, além de Paulo Sérgio Brito da Silva, 40 anos, e Jhony Almeida da Silva, 20 anos. O trabalho de investigação para captura é feito pela Polícia Civil, em alerta na região.
Para a fuga, os detentos dominaram os dois agentes penitenciários que estavam de serviço e fugiram escalando um muro de seis metros, utilizando cordas improvisadas e contando com apoio externo.
A partir daí, começou uma série de buscas, cujo desdobramento principal foi o episódio da troca de tiros, em que Turcão e outras duas pessoas morreram.
Turcão era “especialista” em fugas, o que fez em três oportunidades, além das inúmeras tentativas frustradas. Condenado a mais de 70 anos de cadeia (fora os homicídios do motel), Turcão não era exatamente um líder, como define o vice-diretor Machado. Porém, conseguia se impor pelas ameaças. Era classificado como violento.
Turcão se tornou conhecido no mundo do crime em Paranavaí por conta da extensa ficha policial. Porém, o que repercutiu nacionalmente foi a barbárie em que esteve envolvido na véspera da Páscoa do ano passado.
Conforme as provas técnicas e denúncia do Ministério Público, ele assassinou um casal de jovens em um motel de Paranavaí. Na época, era também foragido do sistema prisional. Foi detido dias depois dos homicídios, envolvido em um assalto numa agência bancária de Paranavaí.
Com a sua morte, passou a ser fundamental a detenção de um segundo suspeito do crime no motel. Ele está foragido desde então e tem contra si uma ordem de prisão expedida pelo Poder Judiciário.
Foi essa pessoa quem “colocou” Turcão na cena do crime, afirmando que apenas deu uma carona por conhecê-lo e que não sabia da sua intenção de cometer crimes no motel.