Polícia investiga elo entre assassinatos de três pessoas da mesma família

Conforme publicado pelo Diário do Noroeste, edição de 21 de junho, três pessoas da mesma família foram assassinadas em Aparecida do Ivaí, Distrito de Santa Mônica, a 110 km de Paranavaí. Uma das perguntas a serem respondidas pela investigação é se o autor confesso de duas mortes também tem envolvimento com o primeiro homicídio, quando perdeu a vida um jovem de 17 anos.  
O inquérito que investiga o caso é da Delegacia de Polícia Civil de Loanda. Na segunda-feira, 20 de junho, o comerciante acusado dos dois últimos homicídios, ocorridos no dia anterior, se apresentou. Ele alegou legítima defesa.
Disse que as vítimas foram à sua casa, supostamente para vingar a morte do adolescente. O comerciante nega qualquer participação neste caso do menor.
Ainda assim, negando um caso e alegando ter agido em legítima defesa, teve a prisão preventiva decretada pelo Poder Judiciário – ele permanecendo detido desde então.
O escrivão de Polícia Civil, Maykon Zorzan, forneceu detalhes do depoimento. O comerciante detido disse que estava em seu estabelecimento, quando chegaram os dois homens armados. Ele (o comerciante) teria saltado de um balcão e conseguido tomar a arma de um dos seus supostos agressores. Ainda nesta versão, o segundo teria se atrapalhado ao tirar a arma da jaqueta, o que deu tempo para a reação.
Seguindo esta linha de raciocínio, o comerciante conseguiu atirar nos dois, com a arma de um deles. O problema é que uma análise inicial revela que uma das vítimas morreu com um tiro nas costas, enquanto a outra teria sido atingida perto da nuca.
O comerciante apresentou uma arma, com a qual alega ter se defendido. Também foi encontrada uma segunda arma, que estaria com a outra vítima. Zorzan informa que a Polícia aguarda os laudos da necropsia (popularmente conhecida como autópsia), feita pelo IML – Instituto Médico Legal de Paranavaí.
A primeira pergunta a ser respondida é se de fato os tiros que mataram as vítimas saíram de tal arma. O escrivão detalha ainda que o comerciante envolvido não tem passagens anteriores pela polícia, porém, há denúncias não confirmadas de suposto envolvimento com drogas.
Depois da tensão pela violência extrema no Distrito de Aparecida do Ivaí, a situação voltou à tranquilidade, conclui o escrivão Maykon Zorzan, ontem à tarde por telefone.
ENTENDENDO – Os episódios de violência começaram na madrugada de sábado, dia 18 último. Um rapaz de 17 anos foi morto a tiros na própria residência, como confirmado pelo IML – Instituto Médico Legal de Paranavaí, que realizou a necropsia.
Dois dias depois, nova ocorrência, desta vez com duas pessoas mortas a tiros, numa loja da Rua Curitiba. Neste episódio, também a esposa do comerciante preso se feriu e foi hospitalizada, sem risco de perder a vida.
Os três que morreram residiam em Santa Mônica, mas oriundos de Querência do Norte, onde houve os sepultamentos. O adolescente era neto e primo das vítimas do episódio na Rua Curitiba, de 55 e 34 anos, respectivamente. Nesta versão, avô e primo teriam ido vingar a morte do menor, cuja autoria é negada reiteradamente pelo suspeito detido.