ESCOLHAS

Antes de continuar a leitura do texto, pare e veja quantas escolhas você fez hoje. Muito bem. Essas escolhas foram acompanhadas por consequências, certo? Alguns chegam a definir a vida como uma sucessão de escolhas e que somos o que escolhemos.
Vejamos um caso de uma família. A esposa se levantou fez o café, preparou a mesa e chamou o filho e nisso o esposo já estava agitado e com pressa. O filho sentou pra tomar café e acidentalmente derruba a xícara de café que suja a camisa do pai. Este irritado grita com o filho, se levanta e vai rapidamente, já atrasado, trocar a camisa. Precisa levar o filho pra escola e sai apressadamente, se irrita com o trânsito, pois pode chegar atrasado na escola. Querendo passar na frente de alguns carros, por falta de paciência, acaba raspando seu carro em outro gerando discussão com o dono. Chega à escola e vai ao trabalho e percebe que esqueceu a pasta em casa… Isto foi o seu mal começo. Como podia ter sido diferente, fazendo outras escolhas? Levanta-se tranquilo, saúda a esposa e filho. Senta à mesa, o filho, acidentalmente, deixa cair café na sua camisa e ele amavelmente olha para o filho e diz que não foi nada, apenas pede para tomar mais cuidado, prepara outra xícara para o filho e ele vai tranquilamente trocar de roupa, sai levando a pasta e o filho pra escola, o trânsito flui e tudo corre muito bem.
Nós podemos escolher o que pensamos, como alimentamos nossa vida de bons ou maus pensamentos, positivos ou negativos. Podemos escolher entre reclamar ou agradecer; entre servir ou explorar; entre amar ou odiar… Podemos escolher entre comer de modo saudável ou não; beber aquilo que faz bem ou não. Posso escolher ter um sono profundo e restaurador ou levar pra cama as preocupações, problemas… Podemos escolher entre viver eticamente ou não; posso escolher ser um trapaceiro, que sempre leva vantagem ou ser justo, honesto, correto.
Porém, tem uma coisa muito importante: as pessoas sempre fazem as melhores escolhas. Acredita nisso? Então, por trás de cada escolha existe sempre uma intenção positiva. Para eu entender isso, preciso me colocar no lugar daquela pessoa, usar o “mapa mental” dessa pessoa. Esse tipo de comportamento facilita em muito a compreensão do outro, bem como, a compreensão de si mesmo, diante dos fracassos, erros, que muitos ficam condenando-se e culpando-se. Sempre pense assim: se eu voltar lá, no exato momento da escolha que fiz e se perguntar qual era minha intenção e se eu via outra escolha melhor, você vai perceber que tinha uma intenção positiva e fez a melhor escolha. Com essa atitude você consegue ser muito compreensivo consigo e também será com os outros.
Veja as escolhas das pessoas diante e um obstáculo:
Conta uma história que um rei colocou uma pedra enorme no caminho que levava à vila principal e se escondeu para ver a reação das pessoas. Várias pessoas passaram, viram a pedra. Uns reclamavam xingando quem fez isso; outros simplesmente contornavam e continuavam o caminho; teve quem esbravejou porque seu carro não passava e retornou… Por fim, um homem com sua carroça carregada de verduras muito frescas e ele precisava chegar à vila para vendê-las ainda com frescor. Ele, então, desceu da carroça e fez toda a força para remover a pedra do caminho… Ao tirá-la, viu que havia uma sacola com um bilhete… Na sacola, havia muitas moedas de ouro, e o bilhete dizia: “Estas moedas pertencem a quem remover a pedra do caminho”.
Ao término da leitura convido você novamente a parar por um instante e avaliar suas escolhas feitas até então. Neste momento você está diante de uma nova escolha: fazer ou não o exercício.

Colaboração de Josué Ghizoni