Ajuste econômico de Temer será amargo, diz governador do Paraná
CURITIBA – As medidas para recuperar a economia a serem adotadas pelo presidente interino Michel Temer serão amargas e impopulares, mas necessárias, na opinião do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).
"Eu acho que esse é o dever do governo Temer, de fazer o ajuste e será amargo, porque o Brasil está no fundo do poço", disse Richa. "Não há remédio hoje que recupere um paciente em estado praticamente terminal. As medidas serão impopulares, duras".
Em entrevista coletiva em seu gabinete, ontem, o tucano disse ter passado pela mesma dificuldade no Estado, com queda em sua popularidade, ao aplicar medidas para tentar recuperar o caixa estadual.
O tucano definiu o presidente interino Michel Temer como um "político articulado e respeitoso", com quem possui "uma extraordinária relação de respeito republicana".
PEDALADAS FISCAIS – Richa foi questionado pela reportagem se o argumento das pedaladas fiscais, que basearam o parecer pelo afastamento de Dilma Rousseff, não se aplicaria também a ele.
Em outubro do ano passado, um parecer do Ministério Público de Contas do Paraná acusou o governo Richa de praticar uma "pedalada fiscal" nas contas de 2014, ao ter alterado a meta do Orçamento depois de ter encerrado o ano. O parecer também apontou que houve "absoluto descontrole das finanças estaduais".
Richa disse que a diferença entre Dilma e seu governo da citada pedalada fiscal "é total, absoluta". "A situação dela [Dilma] é que foi usado indevidamente e ilegalmente bancos públicos para financiar programas de governo. Nós não cometemos essa situação".
Segundo o tucano, pareceres negativos do órgão eram comuns sobre ele e sobre governadores que o antecederam, mas que o plenário do Tribunal de Contas do Estado por fim aprovou por unanimidade a manobra feita pelo Executivo do Paraná. A medida é caracterizada pela postergação de despesas obrigatórias, como ocorreu com o governo federal segundo apontou o TCU (Tribunal de Contas da União).
Richa disse ainda que a escolha de um político paranaense para o Ministério da Saúde – o deputado federal Ricardo Barros (PP) – permitirá abrir caminho para resgatar uma dívida vultosa que a União tem com o governo federal nesta pasta.
Segundo o tucano, o governo Dilma Rousseff tratou o Estado "de maneira desrespeitosa, fechando as portas". "Existia por parte do partido que comandava o governo federal uma grande discriminação para com o Estado, uma perseguição pessoal a mim, querendo transformar adversário político em inimigo a ser abatido".
"Eu acho que esse é o dever do governo Temer, de fazer o ajuste e será amargo, porque o Brasil está no fundo do poço", disse Richa. "Não há remédio hoje que recupere um paciente em estado praticamente terminal. As medidas serão impopulares, duras".
Em entrevista coletiva em seu gabinete, ontem, o tucano disse ter passado pela mesma dificuldade no Estado, com queda em sua popularidade, ao aplicar medidas para tentar recuperar o caixa estadual.
O tucano definiu o presidente interino Michel Temer como um "político articulado e respeitoso", com quem possui "uma extraordinária relação de respeito republicana".
PEDALADAS FISCAIS – Richa foi questionado pela reportagem se o argumento das pedaladas fiscais, que basearam o parecer pelo afastamento de Dilma Rousseff, não se aplicaria também a ele.
Em outubro do ano passado, um parecer do Ministério Público de Contas do Paraná acusou o governo Richa de praticar uma "pedalada fiscal" nas contas de 2014, ao ter alterado a meta do Orçamento depois de ter encerrado o ano. O parecer também apontou que houve "absoluto descontrole das finanças estaduais".
Richa disse que a diferença entre Dilma e seu governo da citada pedalada fiscal "é total, absoluta". "A situação dela [Dilma] é que foi usado indevidamente e ilegalmente bancos públicos para financiar programas de governo. Nós não cometemos essa situação".
Segundo o tucano, pareceres negativos do órgão eram comuns sobre ele e sobre governadores que o antecederam, mas que o plenário do Tribunal de Contas do Estado por fim aprovou por unanimidade a manobra feita pelo Executivo do Paraná. A medida é caracterizada pela postergação de despesas obrigatórias, como ocorreu com o governo federal segundo apontou o TCU (Tribunal de Contas da União).
Richa disse ainda que a escolha de um político paranaense para o Ministério da Saúde – o deputado federal Ricardo Barros (PP) – permitirá abrir caminho para resgatar uma dívida vultosa que a União tem com o governo federal nesta pasta.
Segundo o tucano, o governo Dilma Rousseff tratou o Estado "de maneira desrespeitosa, fechando as portas". "Existia por parte do partido que comandava o governo federal uma grande discriminação para com o Estado, uma perseguição pessoal a mim, querendo transformar adversário político em inimigo a ser abatido".