Intenção de Consumo atinge mínima histórica para o mês de abril no Paraná

CURITIBA – O indicador de Intenção de Consumo da Famílias (ICF) despencou em abril e ficou em 83,6 pontos no Paraná, redução anual de 24% e recuo de 5,3% na comparação com março.
Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Esse é o pior índice para o mês de abril desde o início da pesquisa, em 2010.
O indicador nacional também atingiu a mínima histórica, com 73,2 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos.
A maior retração no consumo nos últimos doze meses ocorreu entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, que em abril registram 87,6 pontos, o que corresponde a uma diminuição de 24,4% em relação ao mesmo mês de 2015 (115,9 pontos).
Entre as famílias com renda mensal de até dez salários mínimos o indicador é de 82,7 pontos, queda de 23,7% na variação anual (108,4 pontos em abril de 2015).
CONSUMO – Os componentes ligados às compras foram os que apresentaram as maiores quedas, com destaque para a perspectiva de consumo, que apresentou redução de 16,8% na comparação mensal e de 57% em relação a abril de 2015. A maior parte dos paranaenses, 83,7%, acredita que o consumo de suas famílias e da população em geral tende a ser menor do que no passado.
O nível atual de consumo é outro quesito que sofreu grande limitação, com baixa de 12,2% na comparação com março e de 42% na variação anual.
Como consequência, 55,4% da população do Estado considera que este é um mau momento para consumo de bens duráveis e de maior valor. Este componente sofreu baixa de 12,8% ante ao mês passado e de 28% em relação a abril de 2015.

Crédito e situação de renda
A situação da renda é considerada melhor do que em igual período do ano passado para 65,4% dos consumidores. No entanto, este subíndice registrou quedas de 0,6% em relação a março e de 7% sobre abril de 2015.
Por outro lado, diante do cenário político e econômico do país, o acesso ao crédito está mais difícil para 47,5% dos consumidores. Apesar da melhora desse item na variação mensal, com alta de 7,3%, houve decréscimo de 33% na comparação com abril do ano passado