Indústria do Paraná registra queda em emprego

CURITIBA – A indústria paranaense continua sem sinais de recuperação em meio à crise econômica enfrentada pelo País. No primeiro bimestre do ano, registrou queda de 2,53% em vendas industriais na comparação com os dois primeiros meses de 2015.
Mesmo o acréscimo de 10,85% em fevereiro contra janeiro não revela esperança, já que as compras de insumos – que também caíram nos dois primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado, – 8,40%, e apontaram estabilidade no mês a mês, de 0,04% – não acompanharam a evolução das vendas.
O nível de emprego no acumulado do ano registrou queda de 3,41% ante igual período de 2015.
Já no mês a mês, o nível de emprego também apresentou estabilidade: 0,81% em fevereiro na comparação com janeiro deste ano. Os dados fazem parte da Pesquisa Conjuntural da Indústria, realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
"Apesar do aumento de vendas, acompanhado pelo aumento de horas trabalhadas, do emprego e da capacidade instalada, fevereiro não mostra recuperação da indústria, já que compras de insumos não acompanharam a evolução das vendas", explica os economistas da Fiep.
"Parece, portanto, apenas um momento de ajuste entre oferta e demanda num patamar menor do que o registrado nos últimos meses, por conta da capacidade reduzida de se prever o comportamento da economia no futuro próximo".
As vendas industriais da indústria paranaense para o Estado aumentaram 14,91%; para outras localidades, o acréscimo foi de 3,99%, e de 17,68% para o exterior. Já no acumulado do ano, registraram queda de 2,88% nas vendas para o Paraná e de 12,73% para outros Estados sobre o alcançado no mesmo período de 2015. Nas exportações, a evolução foi positiva em 32,40%.
VAGAS/EMPREGO – Ao todo, 11 setores registraram resultados negativos no nível de emprego, enquanto sete apresentaram saldo positivo, quando comparado fevereiro com janeiro. O emprego diretamente ligado à produção subiu 0,42%.
Os setores que apresentaram os maiores aumentos em nível de emprego foram alimentos e bebidas, com 1,79%, devido ao aumento de produção; vestuários, com 1,37% também por incremento na produção; e couros e calçados, com 0,92%, devido à estabilidade do segmento.
As maiores perdas de vagas foram apontadas em têxteis, com -4,33%, por conta de ajustes produtivos; borracha e plástico, com queda de 2,97% causada por ajustes à demanda; e edição e impressão, com redução de 2,97% também por queda de pedidos.
Já a massa salarial líquida cresceu 5,50% na comparação com janeiro. Houve aumento também, de 1,28%, no total de horas trabalhadas, e acréscimo de 1% na utilização da capacidade instalada, que chegou a 71%. O índice é idêntico ao obtido em fevereiro do ano passado.