Postura mais agressiva de frigoríficos puxa preços do boi gordo

O mercado físico do boi gordo teve preços mais altos na semana passada nas principais praças de comercialização do Brasil. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o encurtamento das escalas de abate acabou resultando em um comportamento mais agressivo dos frigoríficos na compra de gado.
“O resultado direto foram os reajustes quase que diários dos preços de balcão no decorrer da semana”, disse Iglesias. A perspectiva é por novos reajustes dos preços de balcão ainda durante primeira quinzena de abril, período que conta com maior reposição entre atacado e varejo, exigindo melhor posicionamento dos estoques.
A oferta de animais terminados permanece aquém das necessidades dos frigoríficos. A escassez de matéria-prima vem sendo um grave problema para o setor desde 2014. Além disso, os pecuaristas ainda se deparam com pastagens de boa qualidade, situação que favorece a retenção dos animais.
“A dinâmica do mercado tende a mudar sensivelmente com um clima seco que vem acontecendo no centro-oeste, que acelera a deterioração das pastagens e dificulta a retenção dos animais”, coloca Iglesias.
Média de preços da arroba do boi gordo em algumas praças de comercialização do país:
São Paulo – R$ 158,28 a arroba, contra R$ 155,61 a arroba em março.
Goiás – R$ 143,13 a arroba, contra R$ 142,52 a arroba em março.
Minas Gerais – R$ 152,00 a arroba, contra R$ 149,14 a arroba em março.
Mato Grosso do Sul – R$ 142,83 a arroba , contra R$ 141,52 a arroba em março.
Mato Grosso – R$ 135,96 a arroba, contra R$ 133,83 a arroba.