Ajuste de rota

Rogério J. Lorenzetti*

As dificuldades foram feitas para serem vencidas. (Barão de Mauá)

Chegando ao último capítulo desta parte da história da cidade vivida nestes dois períodos administrativos, enfrentamos uma recessão econômica e uma crise política sem precedentes na história recente do Brasil.

Somado a isto, a cidade vive uma situação de emergência, reconhecida pela defesa civil do Paraná, ocasionada pelo fenômeno denominado "El Niño" com chuvas intensas durante o segundo semestre de 2015 e o início de 2016.

Como "desgraça pouca é bobagem" agora estamos à beira de uma epidemia de dengue e gripe H1N1 sobrecarregando o já precário sistema SUS nacional.

Estamos, como sempre fizemos, ajustando o governo municipal para este período difícil, visando cumprir também a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) que impõe a gestores públicos em final de mandato, o equilíbrio das contas públicas sobre sua responsabilidade.

A cidade, mesmo com as dificuldades vividas pelo país, se encontra com contas em dia, fornecedores, a maioria das obras, inclusive conveniadas e em execução, salários, precatórios, certidões, dívida fundada, tudo pago no vencimento das obrigações.

Poucos governos conseguem a proeza de ter o mesmo equilíbrio nesta situação que vive o Brasil, mérito da excelente equipe que lidero e da linha administrativa adotada por mim desde 2009.

Agora, por força das eleições que se aproximam, alguns valorosos companheiros deixam a administração para oferecer seus nomes à apreciação, primeiro dos partidos e depois da população, como candidatos. Se eleitos poderão desempenhar novas funções públicas de forma muito eficiente, não só pelas suas capacidades e características pessoais, mas principalmente pelo conhecimento adquirido nestes anos de exercício profissional como gestores públicos municipais.

Estou refazendo, ainda neste mês de abril, a equipe administrativa, com nomes preferencialmente escolhidos entre os atuais servidores para que não haja descontinuidade das ações de governo.

Enfrentar turbulências é uma característica deste governo. Em 2009 recessão, 2013 epidemia de dengue, intempéries climáticas constantes, acirramento da burocracia, mudanças constantes na forma de contabilizar e ordenar gastos públicos.

Em 2015 nova recessão, "El Niño" e início da crise política que perdura até hoje, sem perspectivas de solução próxima, trazendo insegurança a todos nós, além das consequências econômicas que fecham empresas e postos de trabalho, levando famílias, principalmente as mais vulneráveis, a necessitar ainda mais dos serviços públicos.
Voltarei a abordar este assunto oportunamente, mas estamos atentos e fazendo os ajustes necessários.

*Rogério J. Lorenzetti, prefeito reeleito de Paranavaí