Teruo cancela desfiliação e continua no PMDB

O prazo da janela partidária – pela qual os detentores de cargos eletivos podiam migrar para partidos diferentes dos quais se elegeram, sem prejuízo eleitoral – foi fechada sábado, dia 19, mas as mudanças continuam tramitando até serem oficialmente apresentadas pelos partidos à Justiça Eleitoral.
Por isso, ainda ontem os políticos continuavam tentando confirmar alterações ou, simplesmente, anulando os pedidos de desfiliação. Foi o que aconteceu com o ex-prefeito e ex-deputado estadual e suplente de federal, Antonio Teruo Kato, em Paranavaí.
Na semana passada Teruo havia solicitado a filiação ao PSD em Curitiba, desfiliando-se do PMDB. Mas, alertado por companheiros, ele decidiu estender as consultas ao Tribunal Regional Eleitoral e depois a juristas para saber qual o melhor caminho, diante da realidade nacional que se apresenta no momento. Concluiu que seria melhor continuar filiado ao PMDB e, assim, solicitou o cancelamento de seu pedido de filiação ao PSD e desfiliação ao PMDB.
Como se sabe, Teruo Kato é o 2º suplente de deputado federal na coligação que disputou as eleições em 2014. Ele passou a ser o primeiro suplente, com a nomeação de Rodrigo Rocha Loures como secretário executivo da Vice-Presidência da República, ocupada por Michel Temer.
Diante do cenário político – com processo de impeachment em andamento, com o PMDB rompendo terça-feira (29) com o governo e a possibilidade de mudanças em Brasília – Teruo mantém a expectativa do deputado Osmar Serráglio ou outro parlamentar do partido ser nomeado para cargo num eventual novo governo – ele pode assumir uma cadeira na Câmara Federal.
Para analistas jurídicos, a janela só valeria para quem é detentor de cargo e não para quem mantém a expectativa de cargo. Assim, se saísse do PMDB, Teruo não teria direito a assumir a cadeira eventualmente vaga.
PREFEITURA – Quanto à candidatura à Prefeitura de Paranavaí, Teruo disse por telefone ontem à tarde à redação que não é sua preocupação no momento. Diante do cenário político, econômico e financeiro do País, ele mantém o foco nas empresas das quais participa.
“Nem pode ser diferente – segundo Teruo – pois existe um clima de incerteza em todo o País e não podemos descuidar dos negócios particulares, pois hoje tudo é um risco”.
Concluiu dizendo que hoje, diante de tudo o que estamos vivendo, “a resposta é não”. Deu a entender, porém, que, se houver perspectivas de mudanças em termos nacionais até julho, pode rever sua posição.