O ovo da serpente
*Rogério José Lorenzetti
O planeta possui 7 bilhões de pessoas. Dados espantosos sobre a distribuição da riqueza:
1- Qualquer pessoa que possua bens em valor total superior a R$ 8.600,00 (uma moto usada) possui mais riqueza do que 3 bilhões e 500 milhões de pessoas no mundo inteiro. Está na metade superior da posse de riquezas.
2- Quem possui bens em valor superior a 162 mil reais (uma casa simples em São Gonçalo, RJ) possui mais riqueza do que 6 bilhões e 300 milhões de pessoas. Pertence aos dez porcento mais ricos do mundo.
3- Quem tem bens em valor superior a um milhão e seiscentos mil reais (uma boa casa em Camboinhas, Niterói, RJ), possui mais riqueza do que 6 bilhões e 930 milhões de pessoas. Faz parte da fatia correspondente a um porcento da população mundial, mais rica do que os 99% restantes. O planeta possui 7 bilhões de pessoas. (Márcio Valley)
Estes dados, divulgados esta semana, mostram que a concentração da riqueza atinge níveis alarmantes, a ponto de ser levantado que 62 pessoas tem o patrimônio equivalente a soma de bens de metade da população mundial.
Esta é uma situação desoladora e que leva as pessoas responsáveis a meditar sobre como ajudar a melhorar estes números. O Brasil, desde o final do século passado, vem adotando políticas inclusivas que melhoraram muito a vida dos pobres. Desde a constituição de 88 com o advento da criação do SUS e outros benefícios sociais, esta questão vem sendo conduzida pelos governos que se sucederam.
Nosso país pode se orgulhar de ter alcançado índices de avaliação muito superiores aos demais países pobres do mundo, embora ainda tenhamos muito a avançar para que possamos comemorar a inclusão dele no rol das nações desenvolvidas que oferecem, à maioria do seu povo, qualidade adequada de vida.
Na minha visão de empresário e gestor público, uma das políticas mais eficientes e que produz resultados rápidos na questão da desigualdade social, é o incremento de novas vagas de trabalho.
Conseguimos alcançar índices muito bons, no que se refere a postos de trabalho formais. Saímos de aproximadamente 16 mil vagas em 2008 e estamos na faixa de 22 mil trabalhadores colocados nas empresas e estabelecimentos da cidade, isto sem contar os milhares de MEI’s (Micro Empreendedores Individuais) que deixaram a informalidade.
Este é o caminho a ser trilhado, lutar para atravessar a crise sem perder o que conquistamos e preparar a retomada do crescimento.
*Rogério J. Lorenzetti
Prefeito reeleito de Paranavaí