“Foi intervenção sobrenatural”, diz médico sobre milagre de madre Teresa
O neurocirurgião José Augusto Nasser, relator do processo que resultou no reconhecimento do milagre de madre Teresa de Calcutá, diz que a cura do engenheiro de Santos (SP), internado em 2008 para operar de hidrocefalia e oito abscessos (inchaço por inflamação) no cérebro e recuperado antes da cirurgia, "foi uma intervenção sobrenatural, com certeza".
"Era muito grave, só piorava. Parecia ter um diagnóstico vascular, depois descobriu-se que ele tinha um diagnóstico infeccioso. Estava com um quadro neurológico muito grave", disse Nasser, doutor em neurocirurgia pela Universidade Federal de São Paulo.
O Vaticano confirmou nesta sexta-feira (18) o reconhecimento, pelo papa Francisco, de que a cura do brasileiro era o segundo milagre atribuído à madre Teresa de Calcutá, o que permite que ela seja considerada uma santa.
A informação sobre a canonização havia sido adiantada na quinta-feira (17) pelo jornal católico "Avvenire". Segundo a reportagem, a cerimônia de canonização deve ser realizada em setembro de 2016 em Roma.
"O médico tinha chamado a família para dizer que a situação dele era muito crítica e que ele poderia falecer. Abscesso cerebral múltiplo tem uma mortalidade muito alta", continua o neurocirurgião, membro da Associação dos Médicos Católicos do Rio de Janeiro.
Para a Igreja Católica, houve um milagre porque o engenheiro acordou bem de saúde no hospital, antes da cirurgia, enquanto sua mulher fazia orações intensas para a madre Teresa de Calcutá. Ele havia sido hospitalizado em Santos, onde morava, após sentir dores de cabeça em Gramado (RS) durante a lua de mel.
Segundo Nasser, mesmo após a melhora do paciente, o médico que o atendia continuou com o tratamento usual, o que é considerado "muito importante" para o reconhecimento do milagre. O neurocirurgião afirma que todo o processo está bem documentado. "Todos os exames foram feitos em locais de excelência, para que não houvesse margem de dúvida."
Ele conta que enviou o relatório ao Vaticano, onde foi analisado por um comitê que conta também com médicos não religiosos. "Foi muito laborioso, você precisa se certificar de uma série de coisas."
O engenheiro se recuperou de forma lenta, mas impressionante, diz Nasser. "Você sair de um coma por doença infecciosa em sistema nervoso demora bastante tempo, e o dele foi extremamente rápido. Hoje, ele é um cara que voltou às suas atividades, não tem sequelas cognitivas, tem algumas alterações neurológicas discretas por conta da localização dessas lesões, que hoje são só cicatrizes."
"Era muito grave, só piorava. Parecia ter um diagnóstico vascular, depois descobriu-se que ele tinha um diagnóstico infeccioso. Estava com um quadro neurológico muito grave", disse Nasser, doutor em neurocirurgia pela Universidade Federal de São Paulo.
O Vaticano confirmou nesta sexta-feira (18) o reconhecimento, pelo papa Francisco, de que a cura do brasileiro era o segundo milagre atribuído à madre Teresa de Calcutá, o que permite que ela seja considerada uma santa.
A informação sobre a canonização havia sido adiantada na quinta-feira (17) pelo jornal católico "Avvenire". Segundo a reportagem, a cerimônia de canonização deve ser realizada em setembro de 2016 em Roma.
"O médico tinha chamado a família para dizer que a situação dele era muito crítica e que ele poderia falecer. Abscesso cerebral múltiplo tem uma mortalidade muito alta", continua o neurocirurgião, membro da Associação dos Médicos Católicos do Rio de Janeiro.
Para a Igreja Católica, houve um milagre porque o engenheiro acordou bem de saúde no hospital, antes da cirurgia, enquanto sua mulher fazia orações intensas para a madre Teresa de Calcutá. Ele havia sido hospitalizado em Santos, onde morava, após sentir dores de cabeça em Gramado (RS) durante a lua de mel.
Segundo Nasser, mesmo após a melhora do paciente, o médico que o atendia continuou com o tratamento usual, o que é considerado "muito importante" para o reconhecimento do milagre. O neurocirurgião afirma que todo o processo está bem documentado. "Todos os exames foram feitos em locais de excelência, para que não houvesse margem de dúvida."
Ele conta que enviou o relatório ao Vaticano, onde foi analisado por um comitê que conta também com médicos não religiosos. "Foi muito laborioso, você precisa se certificar de uma série de coisas."
O engenheiro se recuperou de forma lenta, mas impressionante, diz Nasser. "Você sair de um coma por doença infecciosa em sistema nervoso demora bastante tempo, e o dele foi extremamente rápido. Hoje, ele é um cara que voltou às suas atividades, não tem sequelas cognitivas, tem algumas alterações neurológicas discretas por conta da localização dessas lesões, que hoje são só cicatrizes."