O Paraná segue na direção certa, por Beto Richa

Beto Richa*

Passar da quinta para a quarta posição como a economia mais forte entre os 27 estados brasileiros, como conseguiu o Paraná e foi divulgado pelo IBGE na semana passada, não é obra do acaso.
Mesmo sendo o sexto estado brasileiro em população e o 15º em extensão territorial, e apesar da discriminação do governo federal na liberação de projetos e de recursos, o Paraná, pelo esforço de seus trabalhadores, empresários e administradores públicos, alcançou um patamar perseguido há 66 anos, como quarto PIB do país, inclusive com um percentual mais elevado do que a média nacional no período de 2010-2013.
Nossa participação na geração nacional de riquezas evoluiu de 5,9% em 2012 para 6,3% em 2013.
A notícia veio acompanhada de duas outras informações paralelas e igualmente importantes para nosso estado: de acordo com The Economist, somos o segundo estado mais competitivo do Brasil e, de acordo com o Índice Gini (criado pelo estatístico italiano Corrado Gini, para medir o grau de concentração de renda, entre outros itens), o Paraná tem sido um dos estados com maior sucesso no combate à pobreza. Atualmente, é o estado com a segunda menor desigualdade social do país.
Em nossa gestão, estimulamos os setores produtivos, fortalecemos a economia, geramos mais empregos e distribuímos melhor a renda, conseguindo com isso reduzir a desigualdade social. Este é o norte de todo administrador público que se preocupe verdadeiramente com o bem estar da população, e foi e é a razão de nosso plano de governo e de sua execução.
Temos nos baseado em uma estratégia de desenvolvimento a partir de um conjunto de ações voltadas para uma gestão de resultados nas áreas social, produtiva e de infraestrutura.
Essas ações vêm sendo pautadas pelo diálogo e respeito, pela credibilidade, com segurança política, jurídica, econômica e financeira.
Os setores produtivos são estimulados de forma concreta. Os setores primários, por exemplo, merecem toda nossa atenção. Damos todo apoio e respaldo a uma das maiores riquezas do estado: nossa produção agropecuária.
Este setor aumentou sua participação na economia do Paraná. De acordo com as informações do IBGE, a agropecuária respondia em 2010 por 9,2% do PIB do Paraná. Em 2013, a participação evoluiu para 10,4%. Nossa produção agrícola naquele ano respondeu por 12,5% da produção nacional.
Hoje, o Paraná é o maior produtor e exportador de carne de aves e o segundo maior produtor de grãos do País.
Ao mesmo tempo, desenvolvemos e aplicamos um ousado programa de incentivos fiscais, rigorosamente dentro da legislação, para atrair empreendimentos ao nosso estado.
Desde 2011, o Paraná conseguiu R$ 40,3 bilhões em empreendimentos e a geração de 100 mil novos empregos, por meio do programa Paraná Competitivo. Empresas de vários ramos, com a maior concentração e nível de investimentos em cidades do interior do estado, implantaram ou aumentaram suas plantas industriais.
Além de implantarmos este programa, aumentamos o incentivo fiscal às micro e pequenas empresas, incentivamos 56 cadeias produtivas e investimos pesado na execução de obras de infraestrutura e superestrutura, financiadas diretamente pelo Tesouro ou por empréstimos do Banco Mundial, BID e BNDES, ou mesmo por meio de contratos feitos com concessionárias para que investissem em nossas rodovias.
Enquanto promovíamos consistentes investimentos públicos em políticas sociais, na infraestrutura urbana dos municípios e em transporte e logística, houve uma extraordinária expansão dos investimentos privados, que conjugou desenvolvimento econômico e inclusão social em proveito de todos os cidadãos paranaenses.
Reafirmo: o feito histórico do Paraná, de atingir a marca significativa de quarta economia mais forte do país, depois de 66 anos, é a soma do trabalho e dedicação de todos que aqui nasceram ou aqui vivem.