“Liberté, Egalité, Fraternité”
(Liberdade, igualdade, fraternidade, em português do francês) foi o lema da Revolução Francesa. O slogan sobreviveu à revolução, tornando-se o grito de ativistas em prol da democracia liberal ou constitucional e da derrubada de governos opressores à sua realização.
Sou um apaixonado pela língua francesa à qual tive acesso nas aulas de ensino médio, quando estudei no Colégio Estadual de Paranavaí. Minha professora era uma cidadã francesa que se mudou para o Brasil.
Como não falo há muitas décadas a língua, por ser um conhecimento que deve ser praticado, muito pouco me recordo do que aprendi. Escrevo este artigo após assistir o noticiário televisivo que reportou ataques terroristas na França, em Paris.
Conheço a cidade, bela e histórica, com monumentos épicos, ruas com um desenho que lembra o traçado de Paranavaí. No final da Avenida "Champs-Élysées" a imagem marcante do Arco do Triunfo. A Torre Eiffel, imponente e única, obra de engenharia que retrata o país, assim como o Pão de Açúcar lembra o Brasil.
Fiquei muito triste pelo ocorrido. As imagens e a narrativa dos repórteres davam conta de dezenas de mortes e muitos feridos. Não consigo imaginar por que a humanidade, em pleno século 21 ainda não ficou livre do radicalismo de grupos que produzem a dor nas pessoas, levando a morte milhares de inocentes para dar visibilidade aos seus propósitos.
A intolerância não deve nortear as ações dos homens e sim a fraternidade, mesmo sabendo que muitas diferenças conduzem ao desespero e a guerra, assim como estamos assistindo no Oriente Médio. Felizmente o nosso país está conseguindo, através das ações de resgate social, tirar milhões de brasileiros da pobreza extrema, fonte das maiores mazelas da humanidade.
As ações terroristas atingem a todos nós que acreditamos na paz e nas boas relações entre os povos. O valente povo francês tem uma história de enfrentamento aos regimes opressores e respeito aos valores democráticos.
Muitos de seus conterrâneos tombaram em diversas guerras travadas dentro e fora de seu território. Não vão se intimidar e sim fazer valer os princípios que nortearam sua revolução, considerada por muitos como a linha divisória entre o passado monárquico da humanidade e o início do respeito constitucional aos direitos individuais dos cidadãos.
"Vive la France!"