Bastidores da política continuam agitados

Seguem a todo vapor as conversações entre partidos e políticos paranavaienses, visando as eleições de 2016, quando serão escolhidos prefeito, vice e os vereadores.
Por enquanto, as lideranças estão preocupadas em formar, ampliar e consolidar grupos, deixando a definição dos “prefeituráveis” para o próximo ano, especialmente a partir de março, portanto, após o Carnaval.  
O DN conversou com uma série de possíveis candidatos e de lideranças partidárias estratégicas para a formação das chapas. De concreto, o avanço na formação de pelo menos dois grupos, ambos ainda abertos e podendo ser ampliados até o pleito.
Um desses grupos, já antecipado pelo DN em agosto, é composto por PT, PP, PSL, entre outras siglas. Integram esse grupo, potenciais candidatos, especialmente ex-vereador César Alexandre dos Santos, ex-prefeito Maurício Yamakawa, vereador Roberto Cauneto Picorelli (Pó Royal). O compromisso firmado entre eles prevê que estarão juntos em 2016, restando definir o candidato.   
Apontado como provável representante do grupo nas eleições, César Alexandre informa que o momento é de ampliação do grupo e formatação do programa de governo. Confirma a proximidade com o PROS, em articulação na cidade pelo empresário Paulo Pratinha (ex-PT), além do PTN, igualmente em fase de organização pelo advogado João Henrique.
Neste grupo o vereador Pó Royal já antecipou que não vai postular o Palácio Ivaí, mas sim, ser candidato à reeleição. Embora ainda em fase de avaliação, Maurício Yamakawa disse que só se colocará como candidato se for a vontade das lideranças e também de parte expressiva da população. Ele cita questões familiares, dentre elas, a sucessão nos negócios. Esclarece que não há qualquer impedimento legal para a sua candidatura.
TERUO E GEHLEN – Outro grupo que vem tomando corpo tem pelo menos dois postulantes ao cargo de prefeito: o ex-deputado estadual Teruo Kato (também ex-prefeito) e o industrial Maurício Gehlen.
O primeiro está no PMDB, mas há convites de outras siglas. O segundo acaba de se filiar ao PV, partido do qual é presidente. Este conjunto conta ainda com o atual prefeito Rogério Lorenzetti, reeleito em 2012.
Tanto Gehlen, quanto Teruo, concordam que este grupo deve seguir junto para o pleito. Enquanto Gehlen antecipa que não disputa contra Teruo, o mesmo devolve a gentileza. Em outras palavras, não se descarta uma chapa com Teruo na cabeça e Gehlen de vice. O contrário também pode acontecer, embora seja uma situação menos provável.
Gehlen disse à reportagem que a definição deve ficar “mais pra frente”. Confirma que tem um acordo verbal com Teruo e que estará participando do pleito com um grupo com perfil empresarial e que vise o melhor para toda a cidade.
Na mesma linha, Teruo prefere não cravar a candidatura. Lembra que integra uma sociedade familiar (empresas) e que qualquer decisão passa por esse componente, incluindo as filhas e a esposa. Sintetiza que ainda deve haver muitas rodadas de conversas até a definição do grupo e dos nomes que vão para a disputa. Informalmente, no entanto, sua candidatura é dada como certa por alguns analistas.
Nem mesmo os partidos estão definidos em relação aos seus quadros. Até o prazo final deve haver algumas trocas de partidos (filiações e desfiliações), o que provoca automaticamente a inclusão de algumas lideranças e afastamento de outras.
TIÃO MEDEIROS – No dia 18 de julho, o deputado estadual Tião Medeiros (PTB) promoveu um encontro suprapartidário também visando a formação de um grupo político. Desde então, sabe-se que lideranças importantes foram convidadas, inclusive com sugestões de mudança de partido para possibilitar a formação de uma chapa em condições de disputar as eleições.
Medeiros tem intensificado as conversações. Como disse na época, trata-se de um grupo para construir uma identidade, independente de bandeiras partidárias. Portanto, nomes citados anteriormente poderão integrar essa iniciativa.
Além desses cenários, outros nomes são colocados para a disputa e nada impede que estejam abrigados nos grupos citados. O vereador Aldrey Azevedo é pré-candidato do Democratas, mas condiciona tal posição à conquista de apoios, em outras palavras, da consolidação de grupo. Ainda no DEM, Zé Boni se apresentou como candidato.
O líder do PSB, Fernando Carvalho, mantém a disposição de se candidatar. Mas, encontra-se no mesmo estágio de outros possíveis postulantes. Também confirma que mantém reuniões com outros partidos, na mesma perspectiva de consolidar.
Em situação semelhante, Nivaldo Mazzin mantém pré-candidatura pelo PSC, mas reitera que pertence a um grupo (é secretário atual do município) e que deve permanecer com os aliados. Deve participar do pleito ainda uma candidatura alternativa, liderada por partidos como PSTU e PCB.
O prefeito Rogério Lorenzetti é do PMDB, enquanto o seu vice – Rubens Felippe – integra o PSDB, partido do governador Beto Richa. Na Câmara as bancadas estão assim distribuídas (10 vereadores): Partido Solidariedade – 01; PSC – 01; PMDB – 02; PP – 01; Democratas – 01; PT – 02; PSL – 01; PR – 01.