O que acontece conosco na morte: Morrer é nascer: A morte é um nascimento
Só conseguimos imaginar a profunda transformação do homem, na morte, através de imagens, de metáforas. Quanto mais o homem de hoje se acostuma a pensar unicamente em termos científicos, exigindo provas empíricas das ciências da natureza, tanto mais dificuldade encontra ele de compreender verdades da fé, para as quais não podemos recorrer a provas desse tipo.
Todavia, também para este homem de hoje existe a possibilidade de encontrar, através da observação da natureza, inúmeros indícios para explicar aquilo de que falamos em nosso discurso religioso.
O mundo, que acreditamos ser obra de Deus, está de fato cheio de sinais, de metáforas para aquilo que acontece conosco na morte. Já vimos como o apóstolo Paulo recorreu à imagem da semente que se transforma em planta. (1 Cor 15,35-38
Da mesma maneira, podemos também usar a experiência do nascer, como imagem para a nossa transformação na morte.
No ato do nascimento, o feto, de certa maneira, “morre” juntamente com tudo aquilo que até então formava seu mundo. Só esta “morte”, porém, e a dissolução de seu primeiro contexto de vida lhe propiciam a condição para entrar num mundo mais amplo, com outras e maiores dimensões de vida, com novos horizontes, dos quais nunca teria a mínima experiência, caso tivesse permanecido feto. A MORTE É UM NASCIMENTO PARA NOVAS DIMENSÕES DE VIDA. Enquanto feto, logo depois de nascer, já vive dentro das dimensões de um mundo absolutamente novo para ele, no útero da mãe permanece ainda, por um pequeno tempo, uma placenta. E, caso aquele feto tivesse sido um de dois gêmeos, o irmão dele, ainda no útero materno, teria experimentado o desaparecimento de seu irmão, sem saber se este irmão, depois do parto, ainda viveria. O único sinal dele que ainda permanece é aquela placenta; podemos ver nela a metáfora do corpo humano: nós também o enxergamos ainda, mas a pessoa que passou pelo parto da morte já vive em outras e novas dimensões pós-mortais.
Morrer é como uma metamorfose: Há um outro fenômeno na natureza que reflete, de maneira metafórica e muito fiel, a transformação pela qual o homem passa na morte. Trata-se da metamorfose da lagarta em borboleta.
O que a lagarta nela experimenta é uma morte. Entretanto sua morte não significa fim, mas sim transformação, através da qual aparece um ser qualitativamente novo, a borboleta. Tudo o que era lagarta está sendo transformado para se tornar borboleta.
Não há imagem melhor para o que acontecerá com o homem na morte: metamorfose. A transformação da lagarta numa borboleta.
Em termos metafóricos, podemos imaginar aquilo que acontece ao ser humano na morte, recorrendo ao exemplo da transformação de uma lagarta em borboleta.
A forma exterior da lagarta em nada deixa transparecer aquilo em que ela será transformada depois da metamorfose. A borboleta tem forma totalmente outra e conhece dimensões e experiências com a lagarta nem poderia sonhar. Mas, apesar de todas estas diferenças, a microbiologia nos mostra que o código genético de cada uma das células da lagarta é absolutamente idêntico ao código genético das células da borboleta. Na sua forma exterior, eles diferem; naquilo, porém, que é a essência de seu ser, no código genético, mantém uma identidade total. E, além disso, até é possível – apesar de sua forma diferente identificar, elemento por elemento, a relação entre os membros do corpo da borboleta e os da lagarta. Desta maneira, a metamorfose da lagarta se apresenta como uma imagem maravilhosa para exprimir, de maneira metafórica, a transformação pela qual o ser humano passa na morte.
E, da mesma maneira que a lagarta deixa ainda atrás de si um casulo que permanece por certo tempo – mesmo quando a borboleta já vive dentro das novas dimensões de seu mundo de flores -, também o ser humano deixa atrás de si, na sua morte, um cadáver que, só após certo tempo, devagar, decompõe-se, enquanto a pessoa já vive dentro das novas dimensões daquilo que chamamos eternidade. A MORTE SE TORNA COMPREENSÍVEL ATRAVÉS DA ANALOGIA DA METAMORFOSE DE UMA LAGARTA QUE SE TRANSFORMA EM BORBOLETA.
Usando assim as profundas analogias existentes na própria natureza, a Teologia se torna capaz de transmitir também ao homem de hoje a profunda verdade fundamental sobre o ser humano e sua vida eterna: MORTE É TRANSFORMAÇÃO!
Todavia, também para este homem de hoje existe a possibilidade de encontrar, através da observação da natureza, inúmeros indícios para explicar aquilo de que falamos em nosso discurso religioso.
O mundo, que acreditamos ser obra de Deus, está de fato cheio de sinais, de metáforas para aquilo que acontece conosco na morte. Já vimos como o apóstolo Paulo recorreu à imagem da semente que se transforma em planta. (1 Cor 15,35-38
Da mesma maneira, podemos também usar a experiência do nascer, como imagem para a nossa transformação na morte.
No ato do nascimento, o feto, de certa maneira, “morre” juntamente com tudo aquilo que até então formava seu mundo. Só esta “morte”, porém, e a dissolução de seu primeiro contexto de vida lhe propiciam a condição para entrar num mundo mais amplo, com outras e maiores dimensões de vida, com novos horizontes, dos quais nunca teria a mínima experiência, caso tivesse permanecido feto. A MORTE É UM NASCIMENTO PARA NOVAS DIMENSÕES DE VIDA. Enquanto feto, logo depois de nascer, já vive dentro das dimensões de um mundo absolutamente novo para ele, no útero da mãe permanece ainda, por um pequeno tempo, uma placenta. E, caso aquele feto tivesse sido um de dois gêmeos, o irmão dele, ainda no útero materno, teria experimentado o desaparecimento de seu irmão, sem saber se este irmão, depois do parto, ainda viveria. O único sinal dele que ainda permanece é aquela placenta; podemos ver nela a metáfora do corpo humano: nós também o enxergamos ainda, mas a pessoa que passou pelo parto da morte já vive em outras e novas dimensões pós-mortais.
Morrer é como uma metamorfose: Há um outro fenômeno na natureza que reflete, de maneira metafórica e muito fiel, a transformação pela qual o homem passa na morte. Trata-se da metamorfose da lagarta em borboleta.
O que a lagarta nela experimenta é uma morte. Entretanto sua morte não significa fim, mas sim transformação, através da qual aparece um ser qualitativamente novo, a borboleta. Tudo o que era lagarta está sendo transformado para se tornar borboleta.
Não há imagem melhor para o que acontecerá com o homem na morte: metamorfose. A transformação da lagarta numa borboleta.
Em termos metafóricos, podemos imaginar aquilo que acontece ao ser humano na morte, recorrendo ao exemplo da transformação de uma lagarta em borboleta.
A forma exterior da lagarta em nada deixa transparecer aquilo em que ela será transformada depois da metamorfose. A borboleta tem forma totalmente outra e conhece dimensões e experiências com a lagarta nem poderia sonhar. Mas, apesar de todas estas diferenças, a microbiologia nos mostra que o código genético de cada uma das células da lagarta é absolutamente idêntico ao código genético das células da borboleta. Na sua forma exterior, eles diferem; naquilo, porém, que é a essência de seu ser, no código genético, mantém uma identidade total. E, além disso, até é possível – apesar de sua forma diferente identificar, elemento por elemento, a relação entre os membros do corpo da borboleta e os da lagarta. Desta maneira, a metamorfose da lagarta se apresenta como uma imagem maravilhosa para exprimir, de maneira metafórica, a transformação pela qual o ser humano passa na morte.
E, da mesma maneira que a lagarta deixa ainda atrás de si um casulo que permanece por certo tempo – mesmo quando a borboleta já vive dentro das novas dimensões de seu mundo de flores -, também o ser humano deixa atrás de si, na sua morte, um cadáver que, só após certo tempo, devagar, decompõe-se, enquanto a pessoa já vive dentro das novas dimensões daquilo que chamamos eternidade. A MORTE SE TORNA COMPREENSÍVEL ATRAVÉS DA ANALOGIA DA METAMORFOSE DE UMA LAGARTA QUE SE TRANSFORMA EM BORBOLETA.
Usando assim as profundas analogias existentes na própria natureza, a Teologia se torna capaz de transmitir também ao homem de hoje a profunda verdade fundamental sobre o ser humano e sua vida eterna: MORTE É TRANSFORMAÇÃO!
(Texto tirado do Livro: Escatologia da Pessoa – Vida, morte e ressurreição de Renold BlanK, pgs. 137-139)
Frei Filomeno dos Santos O. Carm.