Lava Jato teve custo alto para a sociedade, diz diretor do Ipea
BRASÍLIA – A Operação Lava Jato teve um custo não intencional para a sociedade brasileira, além dos benefícios do combate à corrupção, disse ontem o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), André Calixte.
Segundo Calixte, as investigações “travaram” a cadeia produtiva de petróleo e gás no início deste ano e tiveram impacto na construção civil, que foi um dos setores com maior queda no nível de ocupação no primeiro semestre de 2015.
“Não era possível desorganizar uma das cadeias mais importantes do país sem ter impacto na vida das pessoas, mesmo que isso seja necessário para colocar na cadeia os corruptos”, disse Calixte, que acrescentou: “a verdade é que essa operação teve um custo muito alto para a sociedade brasileira. Não é só o benefício do combate à corrupção”.
O diretor do Ipea destacou que essa consequência não foi a intenção do judiciário, mas não pode ser ignorada. Calixte disse que ainda não é possível dizer exatamente quantos empregos foram afetados pelo impacto nos setores de petróleo e construção.
PESQUISA – Os trabalhadores com maior escolaridade têm sido os mais atingidos pela piora no mercado de trabalho brasileiro, revelou ontem o Ipea no Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura Econômica e Análise.
Para quem tem ensino médio completo, a queda na taxa de ocupação foi de 2% medida pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Menos expressivo o recuo para o fundamental completo foi de 1,4%, e, para o fundamental incompleto, de 1,2%. Os homens também foram mais afetados do que as mulheres, com um recuo de 1,6% contra 0,5%.
No recorte por faixa etária, os mais jovens foram os que apresentaram a maior piora nos indicadores. Em um recorte por faixa etária, a taxa de ocupação caiu 3,5% para a população de 14 a 24 anos, e 0,4% para a de 25 a 59 anos. Para os idosos houve um aumento na taxa de ocupação, de 1,4%.
O diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), André Calixte, avaliou a situação como preocupante, porque o mercado de trabalho “tem sido um dos pilares da inclusão social no país” e agora o cenário apresenta uma tendência de reversão. “Metade da redução da desigualdade veio do mercado de trabalho”, disse, acrescentando que as políticas sociais e os investimentos em infraestrutura foram os outros fatores que reduziram a desigualdade no Brasil.
Calixte afirmou que o Brasil “está em uma corrida contra o tempo” para reverter as expectativas do mercado a tempo de garantir uma retomada da economia e “salvar o Natal”.
Segundo Calixte, as investigações “travaram” a cadeia produtiva de petróleo e gás no início deste ano e tiveram impacto na construção civil, que foi um dos setores com maior queda no nível de ocupação no primeiro semestre de 2015.
“Não era possível desorganizar uma das cadeias mais importantes do país sem ter impacto na vida das pessoas, mesmo que isso seja necessário para colocar na cadeia os corruptos”, disse Calixte, que acrescentou: “a verdade é que essa operação teve um custo muito alto para a sociedade brasileira. Não é só o benefício do combate à corrupção”.
O diretor do Ipea destacou que essa consequência não foi a intenção do judiciário, mas não pode ser ignorada. Calixte disse que ainda não é possível dizer exatamente quantos empregos foram afetados pelo impacto nos setores de petróleo e construção.
PESQUISA – Os trabalhadores com maior escolaridade têm sido os mais atingidos pela piora no mercado de trabalho brasileiro, revelou ontem o Ipea no Boletim Mercado de Trabalho: Conjuntura Econômica e Análise.
Para quem tem ensino médio completo, a queda na taxa de ocupação foi de 2% medida pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Menos expressivo o recuo para o fundamental completo foi de 1,4%, e, para o fundamental incompleto, de 1,2%. Os homens também foram mais afetados do que as mulheres, com um recuo de 1,6% contra 0,5%.
No recorte por faixa etária, os mais jovens foram os que apresentaram a maior piora nos indicadores. Em um recorte por faixa etária, a taxa de ocupação caiu 3,5% para a população de 14 a 24 anos, e 0,4% para a de 25 a 59 anos. Para os idosos houve um aumento na taxa de ocupação, de 1,4%.
O diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), André Calixte, avaliou a situação como preocupante, porque o mercado de trabalho “tem sido um dos pilares da inclusão social no país” e agora o cenário apresenta uma tendência de reversão. “Metade da redução da desigualdade veio do mercado de trabalho”, disse, acrescentando que as políticas sociais e os investimentos em infraestrutura foram os outros fatores que reduziram a desigualdade no Brasil.
Calixte afirmou que o Brasil “está em uma corrida contra o tempo” para reverter as expectativas do mercado a tempo de garantir uma retomada da economia e “salvar o Natal”.