Hamilton: “Peguei o bastão que estava com Ayrton”

AUSTIN, EUA – A festa já estava marcada e os convites entregues para os membros da Mercedes já no início do final de semana.
Mas foi apenas quando cruzou a linha de chegada no Circuito das Américas em primeiro e viu Nico Rosberg, seu companheiro de Mercedes, completar a prova na segunda colocação é que Lewis Hamilton pôde respirar aliviado e dar início às comemorações pela conquista de seu terceiro título mundial com três corridas de antecipação.
"Simplesmente não consigo acreditar que realizei meu sonho de infância e igualei o número de títulos do Ayrton Senna, que sempre foi o piloto que me inspirou. É louco pensar que consegui vencer não só uma mas três vezes o campeonato", disse Hamilton, 30, que além de seu ídolo igualou também o número de títulos de Jack Brabham, Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet.
"Agora que realizei meu sonho não sei o que vai ser. Disse antes e repito que tenho a sensação de que peguei o bastão que estava com Ayrton e agora vou tentar levá-lo o mais longe que puder", completou o piloto da Mercedes, que chorou bastante antes de subir no pódio e usar o troféu que ganhou pela vitória como taça para beber champanhe no pódio -foi sua décima vitória no ano e a 43ª de sua carreira.
Talvez, aliás, uma das mais difíceis, já que a corrida foi uma das mais imprevisíveis dos últimos anos na F-1.
Tendo largado na segunda posição – Rosberg cravou a pole pela manhã depois da classificação de sábado ter sido adiada-, Hamilton assumiu a liderança logo na saída da primeira curva.
Com o asfalto secando e vários safety cars e trocas de liderança, Hamilton só reassumiu a ponta na 48ª de 56 voltas, quando Rosberg, então líder, errou e saiu da pista.