Recuperação de mercados não será imediata

Apesar do otimismo com o dólar mais favorável aos exportadores, a AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), alerta para as dificuldades à frente.
José Augusto de Castro, presidente da entidade, pondera que os exportadores enfrentam escassez de crédito e terão o desafio de disputar espaço com outras economias que também passaram a ter uma moeda mais competitiva, como os países da zona do euro.
"Não é só querer, não podemos esquecer que outros mercados também têm preço. Vamos ter que brigar".
Daiane Santos, economista da Funcex (Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior), lembra que o processo de recuperação de mercados leva tempo. É preciso reestruturar as linhas de produção e negociar contratos.
Do lado das commodities, ela não vislumbra uma retomada de preços. Santos cita indicador da Funcex que mostra que, nos 12 meses até julho, as importações globais recuaram.
"O volume ainda deve aumentar mais um pouco no ano que vem, mas nada que converta o efeito do preço".