Dilma diz que fará tudo para impedir avanço de processos antidemocráticos
BRASÍLIA – A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que o governo fará de tudo para impedir o avanço de processos que desestabilizem a democracia.
“Faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam”, disse a presidente, ao ser perguntada sobre o avanço de movimentos favoráveis ao impeachment no Congresso Nacional.
Dilma destacou que o governo está “atento a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no país”, o que, segundo ela, só beneficiaria “o pessoal do quanto pior, melhor”.
“O Brasil, a duras penas, conquistou uma democracia, e eu sei o que estou dizendo. Eu sei quantas penas duras foi para conquistar a democracia”, disse Dilma, em rápida entrevista após a cerimônia de entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.
EM DEFESA DE DILMA – PMDB, PCdoB, PP, PSD e PROS assinaram ontem, durante café da manhã na Câmara dos Deputados, um manifesto em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff. .
Líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) disse que a presidente está “100% forte no cargo” e criticou movimentos da oposição que, desde o início do segundo mandato, vêm buscando fundamentos para abertura de um processo de impedimento do governo.
Há cinco dias, quatro partidos de oposição lançaram um manifesto virtual a favor da saída de Dilma. “Tenho a percepção de que eleição se disputa até as 17h do dia do pleito, após isso tem que se respeitar o resultado das urnas, pode se fazer oposição e críticas, mas tem que respeitar o mandato.”
O deputado ainda afirmou que a tramitação, no Congresso, das últimas medidas anunciadas pelo Planalto, incluindo a possibilidade de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), não será simples.
Ele classificou as propostas de “tema espinhoso”, mas disse que o Legislativo não pode abrir mão de discutir uma solução para a situação econômica do país.
“As medidas são no intuito de reorganizar as finanças públicas e fazer com que o país volte a crescer. A economia, neste momento, estagnou-se e é preciso esse movimento para que retome sua trajetória de crescimento.”
DEMOCRACIA – O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que é fundador e presidente nacional do PSD, também defendeu os anúncios. “Neste momento, o governo fez o que tinha que fazer: cortar o máximo possível e criar receitas que nos permitam o equilíbrio e superávit em 2016”, afirmou.
Kassab destacou que um momento de dificuldade não pode tirar a legitimidade dos votos que elegeram Dilma. “Não podemos macular o fortalecimento e a imagem da nossa democracia com ações que não estejam compatíveis com a legalidade, com o funcionamento das instituições que é hoje o grande patrimônio que a sociedade tem.”
O presidente do PT, Rui Falcão, que também participou do café da manhã, comparou o documento a um ato de defesa da democracia, mas garantiu que não é um movimento para impedir a ação da oposição no Congresso.
“[A oposição] tem direito de fazer o que quiser, mas aqui vamos nos manifestar também para mostrar para sociedade brasileira que não é por que alguém acha que o governo não vai bem que tem o direito de retirar o mandato à força.”
Movimento para pedir o impeachment
Há cinco dias, quatro partidos de oposição – PSDB, PPS, DEM e Solidariedade – lançaram um movimento para pedir o impeachment de Dilma. Por meio de um site, o grupo reúne assinaturas para a petição virtual em defesa do afastamento da petista do Planalto.
A oposição usou, como base do discurso, um pedido de abertura de processo contra Dilma apresentado pelo jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT.
O manifesto a favor da saída de Dilma reuniu, até agora, 884 mil assinaturas, segundo liderança da oposição na Câmara. O abaixo-assinado foi aberto para “dar força” aos requerimentos que já foram apresentados na Casa. Atualmente, 12 pedidos estão em análise na Mesa Diretora da Câmara. Não há número mínimo de assinaturas ou prazo de adesão.
“Faremos tudo para impedir que processos não democráticos cresçam e se fortaleçam”, disse a presidente, ao ser perguntada sobre o avanço de movimentos favoráveis ao impeachment no Congresso Nacional.
Dilma destacou que o governo está “atento a todas as tentativas de produzir uma espécie de instabilidade profunda no país”, o que, segundo ela, só beneficiaria “o pessoal do quanto pior, melhor”.
“O Brasil, a duras penas, conquistou uma democracia, e eu sei o que estou dizendo. Eu sei quantas penas duras foi para conquistar a democracia”, disse Dilma, em rápida entrevista após a cerimônia de entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.
EM DEFESA DE DILMA – PMDB, PCdoB, PP, PSD e PROS assinaram ontem, durante café da manhã na Câmara dos Deputados, um manifesto em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff. .
Líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ) disse que a presidente está “100% forte no cargo” e criticou movimentos da oposição que, desde o início do segundo mandato, vêm buscando fundamentos para abertura de um processo de impedimento do governo.
Há cinco dias, quatro partidos de oposição lançaram um manifesto virtual a favor da saída de Dilma. “Tenho a percepção de que eleição se disputa até as 17h do dia do pleito, após isso tem que se respeitar o resultado das urnas, pode se fazer oposição e críticas, mas tem que respeitar o mandato.”
O deputado ainda afirmou que a tramitação, no Congresso, das últimas medidas anunciadas pelo Planalto, incluindo a possibilidade de recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), não será simples.
Ele classificou as propostas de “tema espinhoso”, mas disse que o Legislativo não pode abrir mão de discutir uma solução para a situação econômica do país.
“As medidas são no intuito de reorganizar as finanças públicas e fazer com que o país volte a crescer. A economia, neste momento, estagnou-se e é preciso esse movimento para que retome sua trajetória de crescimento.”
DEMOCRACIA – O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, que é fundador e presidente nacional do PSD, também defendeu os anúncios. “Neste momento, o governo fez o que tinha que fazer: cortar o máximo possível e criar receitas que nos permitam o equilíbrio e superávit em 2016”, afirmou.
Kassab destacou que um momento de dificuldade não pode tirar a legitimidade dos votos que elegeram Dilma. “Não podemos macular o fortalecimento e a imagem da nossa democracia com ações que não estejam compatíveis com a legalidade, com o funcionamento das instituições que é hoje o grande patrimônio que a sociedade tem.”
O presidente do PT, Rui Falcão, que também participou do café da manhã, comparou o documento a um ato de defesa da democracia, mas garantiu que não é um movimento para impedir a ação da oposição no Congresso.
“[A oposição] tem direito de fazer o que quiser, mas aqui vamos nos manifestar também para mostrar para sociedade brasileira que não é por que alguém acha que o governo não vai bem que tem o direito de retirar o mandato à força.”
Movimento para pedir o impeachment
Há cinco dias, quatro partidos de oposição – PSDB, PPS, DEM e Solidariedade – lançaram um movimento para pedir o impeachment de Dilma. Por meio de um site, o grupo reúne assinaturas para a petição virtual em defesa do afastamento da petista do Planalto.
A oposição usou, como base do discurso, um pedido de abertura de processo contra Dilma apresentado pelo jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT.
O manifesto a favor da saída de Dilma reuniu, até agora, 884 mil assinaturas, segundo liderança da oposição na Câmara. O abaixo-assinado foi aberto para “dar força” aos requerimentos que já foram apresentados na Casa. Atualmente, 12 pedidos estão em análise na Mesa Diretora da Câmara. Não há número mínimo de assinaturas ou prazo de adesão.