Santa Casa de Paranavaí não é hospital público. Ela vende serviços ao SUS, esclarece presidente
A Santa Casa de Paranavaí é uma entidade particular, filantrópica, sem fins lucrativos e que presta serviços ao SUS, assim como a empresas como a Sanepar e Copel. A Santa Casa não é uma instituição pública. O esclarecimento é do presidente do hospital, Renato Augusto Platz Guimarães, para quem, periodicamente, confundem o regime do hospital.
“Se for o desejo da Santa Casa, ela pode abrir mão de vender serviços ao SUS e até do certificado de filantropia e atender apenas pelo regime particular”, emendou. Esclarece que para manter o certificado de hospital filantrópico e receber recursos públicos, basta que destine 20% de seu atendimento gratuito.
“O certificado de filantropia garante ao hospital isenção de impostos e o credencia a receber recursos públicos”, informa Marcelo Cripa, gerente financeiro do hospital.
O poder público pode fazer investimentos em hospitais públicos, filantrópicos e até em particulares sem o reconhecimento de filantropia, desde que não haja outro na cidade, esclarece Cripa.
Credenciado ao SUS, a Santa Casa deve destinar 60% de seus leitos ao SUS. “Mas em média 75% dos leitos da Santa Casa são ocupados por pacientes do sistema único. Há uma ‘invasão’ do SUS sobre a ala que seria particular. A Santa Casa tem pouco mais de 170 leitos e deveria destinar cerca de 100 leitos ao SUS. Mas em média o SUS ocupa 130 leitos. Todos os leitos que estão no Hospital Regional hoje são destinados ao SUS”, confirma o diretor administrativo do hospital, Héracles Alencar Arrais.
HOSPITAL REGIONAL – O presidente Renato Guimarães explica que graças a um convênio com o Governo do Estado a Santa Casa também administra o Hospital Regional. As duas instituições usam o mesmo CNPJ – o da Santa Casa.
“Se houver um rompimento do convênio não sei como o Governo tocaria o Hospital Regional, pois o Estado não tem nenhum médico ou outro funcionário concursado. Todo o pessoal que atua na ala do Hospital Regional é da Santa Casa, que paga, inclusive, as despesas de água e energia elétrica. A Santa Casa possui cerca de 500 funcionários, inclusive para atendimento do Regional. O Estado é dono do prédio e da mobília que vieram na ocasião em que a gestão nos foi passada. E muitos mobiliários já foram substituídos”, diz o presidente.
Guimarães esclarece que atualmente a Santa Casa utiliza o bloco cirúrgico e a UTI que estão no Hospital Regional e que, em contrapartida, o Hospital Regional usa a lavanderia e a cozinha da Santa Casa. Se houvesse um rompimento do convênio, a Santa Casa implantaria a UTI e o bloco cirúrgico em suas próprias instalações. “Já era aqui”, lembra o presidente.
Renato Guimarães assumiu a presidência do hospital em 2002, numa época em que a Santa Casa não tinha crédito (os bancos não liberavam nem talões de cheques) e enfrentava greves dos funcionários por causa do atraso nos salários ou por falta de recomposição salarial.
“Com a ajuda e com a abnegação de nossos diretores voluntários, o apoio da sociedade e do poder público, a uma parceria forte com o Governo do Estado (que até hoje é o nosso principal parceiro) e a uma gestão austera e profissional conseguimos resgatar a credibilidade da Santa Casa e fazer os investimentos para poder atender a população da região com muita dignidade”, diz o presidente, acrescentando que, embora seja uma entidade particular, a Santa Casa vai continuar atendendo os que mais precisam através do SUS. “A filosofia do hospital continua a mesma: atender principalmente os mais carentes”, diz.
Por sua vez, Marcelo Cripa lembra que, para isso (continuar atendendo pelo SUS), é indispensável que o hospital, sem prejuízo ao atendimento pelo sistema público, mantenha os convênios e atendimentos particulares. Ano passado a Santa Casa teve um custo estimado dos serviços prestados ao SUS da ordem de R$ 21,5 milhões, mas recebeu pelos serviços algo em torno de R$ 17,5 milhões. Este desequilíbrio é compensado pelos atendimentos de convênios e particulares. “Se a Santa Casa atender só SUS ela fecha”, atesta o gerente financeiro do hospital.
“Se for o desejo da Santa Casa, ela pode abrir mão de vender serviços ao SUS e até do certificado de filantropia e atender apenas pelo regime particular”, emendou. Esclarece que para manter o certificado de hospital filantrópico e receber recursos públicos, basta que destine 20% de seu atendimento gratuito.
“O certificado de filantropia garante ao hospital isenção de impostos e o credencia a receber recursos públicos”, informa Marcelo Cripa, gerente financeiro do hospital.
O poder público pode fazer investimentos em hospitais públicos, filantrópicos e até em particulares sem o reconhecimento de filantropia, desde que não haja outro na cidade, esclarece Cripa.
Credenciado ao SUS, a Santa Casa deve destinar 60% de seus leitos ao SUS. “Mas em média 75% dos leitos da Santa Casa são ocupados por pacientes do sistema único. Há uma ‘invasão’ do SUS sobre a ala que seria particular. A Santa Casa tem pouco mais de 170 leitos e deveria destinar cerca de 100 leitos ao SUS. Mas em média o SUS ocupa 130 leitos. Todos os leitos que estão no Hospital Regional hoje são destinados ao SUS”, confirma o diretor administrativo do hospital, Héracles Alencar Arrais.
HOSPITAL REGIONAL – O presidente Renato Guimarães explica que graças a um convênio com o Governo do Estado a Santa Casa também administra o Hospital Regional. As duas instituições usam o mesmo CNPJ – o da Santa Casa.
“Se houver um rompimento do convênio não sei como o Governo tocaria o Hospital Regional, pois o Estado não tem nenhum médico ou outro funcionário concursado. Todo o pessoal que atua na ala do Hospital Regional é da Santa Casa, que paga, inclusive, as despesas de água e energia elétrica. A Santa Casa possui cerca de 500 funcionários, inclusive para atendimento do Regional. O Estado é dono do prédio e da mobília que vieram na ocasião em que a gestão nos foi passada. E muitos mobiliários já foram substituídos”, diz o presidente.
Guimarães esclarece que atualmente a Santa Casa utiliza o bloco cirúrgico e a UTI que estão no Hospital Regional e que, em contrapartida, o Hospital Regional usa a lavanderia e a cozinha da Santa Casa. Se houvesse um rompimento do convênio, a Santa Casa implantaria a UTI e o bloco cirúrgico em suas próprias instalações. “Já era aqui”, lembra o presidente.
Renato Guimarães assumiu a presidência do hospital em 2002, numa época em que a Santa Casa não tinha crédito (os bancos não liberavam nem talões de cheques) e enfrentava greves dos funcionários por causa do atraso nos salários ou por falta de recomposição salarial.
“Com a ajuda e com a abnegação de nossos diretores voluntários, o apoio da sociedade e do poder público, a uma parceria forte com o Governo do Estado (que até hoje é o nosso principal parceiro) e a uma gestão austera e profissional conseguimos resgatar a credibilidade da Santa Casa e fazer os investimentos para poder atender a população da região com muita dignidade”, diz o presidente, acrescentando que, embora seja uma entidade particular, a Santa Casa vai continuar atendendo os que mais precisam através do SUS. “A filosofia do hospital continua a mesma: atender principalmente os mais carentes”, diz.
Por sua vez, Marcelo Cripa lembra que, para isso (continuar atendendo pelo SUS), é indispensável que o hospital, sem prejuízo ao atendimento pelo sistema público, mantenha os convênios e atendimentos particulares. Ano passado a Santa Casa teve um custo estimado dos serviços prestados ao SUS da ordem de R$ 21,5 milhões, mas recebeu pelos serviços algo em torno de R$ 17,5 milhões. Este desequilíbrio é compensado pelos atendimentos de convênios e particulares. “Se a Santa Casa atender só SUS ela fecha”, atesta o gerente financeiro do hospital.
CMS quer explicações sobre uso de leitos o SUS para particulares e plano de saúde
Na última terça-feira, o uso de leitos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS) por pacientes particulares ou que tenham plano de saúde motivou questionamentos entre os integrantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Paranavaí. Eles decidiram pedir explicações para as autoridades.
Presidente do CMS, Waldur Trentini disse que a discussão surgiu por causa da cobrança feita pela própria população. Os conselheiros querem saber quem autorizou a utilização dos leitos do SUS, cobrança de explicações que será encaminhada à 14ª Regional de Saúde e à Secretaria Municipal de Saúde.