Os números não mentem
87, 85,62. Esses números não apontam palpite para qualquer das inúmeras loterias que o Governo oferece ao povo brasileiro, nem ao brasileiríssimo jogo do bicho. Foram eles coletados pelo Instituto Paraná Pesquisas e mostram que a presidente Dilma Rousseff tem 87 por cento de rejeição no Paraná, Beto Richa, 85 e Gustavo Fruet 62 na capital.
Pode-se discutir esses números, pois eles sofrem variações naturais diante das indagações semanais ou mensais dos pesquisadores. Mas eles não mentem e são ajudados pelas margens de erro. Os dois primeiros, Dilma e Richa, terminam seus mandatos daqui a três anos, Fruet só tem mais alguns meses à frente da Prefeitura de Curitiba. Deverá candidatar-se à reeleição, podendo sair-se bem uma vez que já teria planos para tanto e o apoio que hoje parece faltar-lhe poderá ressurgir até a eleição.
Seja como for, Dilma já ultrapassou seu tempo no Planalto. Estivessem ela e Lula lendo pela mesma cartilha, em 2014 o criador teria salvado a criatura e hoje poderia estar isto sim, não na condição de manter a pupila sobre pressão, mas sim de retorno à presidência em condições de disputar uma nova reeleição.
Mas “neca de pitibiriba”. Dilma gostou, disputou e ficou, embora não se saiba se vai ou se fica. Cair, isto não, é o que diz. Ora, outros já disseram o mesmo. Dê-se para tempo Beto Richa, invencível ele era. Hoje, deve lutar para prosseguir na carreira política ou topando cargo menor em 2018, ou tirando umas férias topando cargo menor em 2018 ou tirando umas feeira politica eria estar, isto sim, neleitorais para ressurgir mais tarde em melhores condições e alcançar, olha lá, a mesma popularidade que o fez prefeito e governador.
De momento, vê das gerais os nomes de Álvaro, Requião e Osmar Dias retornando a primeira fila da política paranaense.
Quanto a Gustavo Fruet, já se declara candidato novamente. Nas cercanias da Prefeitura e dentro até há quem cobice seu lugar. Os problemas, porém, se avolumam. Fruet não tem papas na língua e seu recado é dado todas às vezes conforme ele pensa, importando menos, parece, se o dito vai causar-lhe desgastes aqui ou ali. Tem a persegui-lo de perto Ratinho Junior, possivelmente também afetado pela rejeição que está marcando políticos de todos os partidos, aqui e na República.
Cedo, sim, já se disse. Temos pela frente um "mundo" de dias. Além dos dois irmãos. Mas como político não costuma esperar, cada um de todos vai traçando seu rumo, ou o rumo que vê mais seguro, para manter-se em condições de conferir se o eleitorado o entende. Todos acham que o tempo voa.