Como nos velhos tempos
As eleições para o Senado, em 2018, podem ter a mesma dobradinha pela terceira vez. Roberto Requião e Osmar Dias poderão estar juntos novamente, se é que já não estão, uma vez que em política tudo é possível.
Talvez nem tudo, convenhamos, como por exemplo, a reabilitação popular de Dilma Rousseff e de Beto Richa. Mas ainda temos mais de três anos e assim um bom tempo para que as alianças se formem e as principais estrelas se componham.
O Instituto Paraná Pesquisas fez o primeiro levantamento em fins de junho. Para o Governo do Estado, sai na frente o atual senador Roberto Requião. Já para o Senado, na frente também. Requião. Claro, tudo enfileirado, para o Governo. Tem Álvaro Dias e sua votação extraordinária em 2014, Ratinho Junior, sempre uma promessa, que, aliás, tem que ser testada diante de um quadro mais difícil, Osmar Dias, Gleisi Hoffmann e Cida Borghetti.
Ora, Requião e Osmar já tiveram a oportunidade de começarem dois mandatos juntos, pois foram eleitos em pleitos em que tínhamos duas vagas para o Senado. Isto pode acontecer novamente? Claro, e até com o voto de Álvaro Dias, que então estaria mais próximo de voltar ao seu sonho de novamente governar o Paraná. Ainda mais agora que perdeu para Beto Richa o posto de maldade para com os professores.
Mais difícil é a situação do atual governante. Beto Richa tinha, como já ressaltamos, um lugar assegurado no Senado. Agora, mesmo com duas vagas pode perder para Requião e Dias.
Há outras composições possíveis, sem dúvida. É de se aguardar o próximo ano, 2016, e com ele a eleição para prefeito. Gustavo Fruet já disse ser candidato à reeleição, o deputado Luciano Ducci apreciaria voltar sem Beto para a chefia do município. O PT está de olho, principalmente a vice-prefeita Mirian Gonçalves.
Mas o perigo está no jovem deputado Requião Filho. Com uma atuação firme na Assembleia, o herdeiro do tri-governador, pode muito bem situar-se na disputa da Prefeitura da capital. E até seu nome, convenhamos, poderá entrar numa barganha política capaz de unir mais ainda a aliança presumível, dos Dias com Requião.
Tudo certo? Não, nada. Mas o caminho está aí. É Requião e o filho Álvaro e o irmão, Richa no bloco do eu sozinho, mas que traz a lembrança do pai, José, que já foi líder de todos eles. Dir-se-á que assim não haverá renovação de nomes na política do Paraná. E, na verdade, isto pesa?
Não se diga que é pule de dez, mas alguém poderá dizer que juntadas as famílias citadas acima haveria possibilidade de não dar certo? Até pode, o eleitor é sábio. Mas se a coisa não vai bem, por que Álvaro bate recordes de votos, por que Requião desponta para o governo e o Senado e coloca bem o filho? E, por fim, por que Osmar está tão calado?
Então, por que Gleisi, Ratinho, Cida e outros também bem votados não se mexem e fazem frente aos “velhinhos”?