Jefferson: A seleção não joga em função do Neymar

“Na seleção, muitos têm que carregar o piano e outros tocam”. Ou melhor, Neymar toca.
Não foi assim que o goleiro Jefferson respondeu, mas poderia ser essa a sua resposta ao ser perguntado, ontem, em entrevista coletiva, se o craque do Barcelona era o “dono do time”. Na estreia da seleção na Copa América, foi dele o gol e a assistência para a vitória de 2 a 1 sobre o Peru.
O atacante foi o responsável por tirar os peruanos do sério, especialmente, com os chapéus duplos em sequência no meio-de-campo.
Com Diego Tardelli sumido, Willian apagado e Philippe Coutinho lesionado, ele teve que assumir, mais do que nunca, o comando do Brasil no último domingo.
“Neymar assumiu um papel fundamental na seleção, o protagonismo, é o nosso capitão. É um jogador diferenciado, fora do normal, todos sabem. No Brasil, ainda criticam o Neymar, não entendo, faz diferença no Barça e no Brasil. É um privilégio estar com ele. No Brasil, assumimos que alguns tem de tocar o piano e outros tocar. Temos de ter a humildade que alguns jogadores, principalmente atacantes, vão decidir o jogo”, analisou Jefferson.
Ele negou a “Neymar-dependência”.
“A seleção não joga em função do Neymar. Pelo contrário, ele que tem personalidade e confiança para chamar a responsabilidade. Tivemos uma oportunidade de jogar um jogo contra o México sem ele e fizemos uma grande partida. Mas a seleção tem outros jogadores que podem fazer diferença”, concluiu.