Ideologia de gênero ou alerta urgente às famílias de Paranavaí

Durante a manhã do dia 19 de maio (terça-feira), ocorreu, no Centro de Eventos Armando Trindade Fonseca, em Paranavaí, uma audiência pública que tem como objetivo a elaboração do Plano Municipal de Educação (PME).
O evento, que conta com a participação ativa da comunidade na preparação do Plano, pretende, nesse documento, definir as metas educacionais que agora serão aplicadas em nosso município nos próximos dez anos.
Em síntese, trata-se de uma medida sócio-político-pedagógica tomada pelas instâncias educacionais, em parceria com a Prefeitura e a população, para se discutir as melhores estratégias na solução de determinados problemas enfrentados pela Educação Municipal.
Embora todos os artigos e tópicos do Plano, pertinentemente contemplados, tenham sido expostos com clareza, evidenciando-se os vários tipos de dificuldades enfrentadas bem como as respectivas resoluções para as mesmas, um único elemento da pauta chamou, negativamente, a atenção de um determinado grupo de pessoas que estavam presentes no local.
Aproveitando a oportunidade concedida de falar ao microfone, sete pessoas tomaram a palavra e, deixando muitos ali presentes perplexos, posicionaram-se – salvo uma única pessoa a favor – absolutamente contra o tópico referente à chamada Ideologia de Gênero, que, pelo que se vê, infelizmente, parece ser pouquíssimo conhecida no Brasil.
Para quem ainda não sabe, a Ideologia de Gênero é uma tentativa de destruir completamente a noção de sexo (masculino e feminino) – que, em essência, é baseada no aspecto biológico do ser humano – a fim de repensar o Homem e a Mulher, considerando-os meras construções ou convenções sociais.
Em outros termos, segundo esta ideologia capciosamente revolucionária, o que chamamos de Homem ou Mulher, ao contrário de ser uma dádiva da natureza criada por Deus, não passa de um inconstante “papel social” que a Sociedade nos impõe para interpretarmos.
Foi este o assunto que, estando embutido na proposta estratégica referente ao combate às discriminações, provocou a manifestação de pais, mães e demais membros de família, bem como de defensores dos valores cívico-religiosos que estavam presentes na audiência, e que sentiram, convictamente, uma ameaça iminente à família tradicional, a qual, diga-se de passagem, deve ser a primeira instância educadora sempre.
Contudo, apesar de seu posicionamento ter sido tão claro e objetivo quanto a apresentação das propostas do Plano, estas pessoas receberam alcunha de “ignorantes”, de “mal-educados”, de “desrespeitosos”, mas nenhum contra-argumento às suas posições.
Curioso, aliás, foi o fato de que, embora apenas uma única pessoa tenha se posicionado a favor da Ideologia de Gênero, tendo evidentemente perdido a disputa para os sete que foram contra, a comissão organizadora do evento convocou votação por número de mãos levantadas, e o mesmo terminou misteriosamente com o lado do único expoente pró-Gênero vencendo. Soa democrático?