Em Curitiba, educadores votam para definir os rumos da greve

Hoje tem assembleia da APP-Sindicato para definir se professores e funcionários das escolas estaduais continuarão em greve ou não. A reunião será em Curitiba, depois de uma passeata por ruas e avenidas da capital paranaense.
Dois ônibus farão o transporte de profissionais de toda a região Noroeste, para que participem da assembleia. “Vamos votar as propostas e avaliar a greve”, disse Luci Maria Dias Onório, secretária de Comunicação da APP-Sindicato em Paranavaí.
Das 46 escolas estaduais localizadas na área de abrangência do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, 32 permaneceram sem aulas ontem. Nove funcionaram normalmente e outras cinco, de forma parcial. Nas Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), as atividades não foram interrompidas.
Ainda de acordo com o NRE, dos 1.488 professores, 30% voltaram ao trabalho ontem. Significa que dos mais de 18.600 alunos, quase 6.000 tiveram aulas.
GREVE – A greve dos educadores começou em fevereiro, quando a categoria reivindicou o pagamento do terço de férias, em atraso, e a manutenção de direitos. O movimento de professores e funcionários das escolas estaduais também era para evitar a aprovação do Projeto de Lei que alterava o fundo de Previdência Social dos servidores públicos.
Depois de 29 dias, os profissionais decidiram voltar às escolas, mas se mantiveram em estado de greve, esperando que o Governo do Estado cumprisse o que tinham acordado. No entanto, nova proposta para a Paranaprevidência foi encaminhada à Assembleia Legislativa, motivando os educadores a retomarem a greve.
Na semana passada, eles se reuniram em Curitiba para pedir a retirada do Projeto de Lei 252/2015, sobre a Previdência Social. No dia da votação, quarta-feira, foram alvos de ação violenta por parte de policiais militares: balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e sprays de pimenta. Mais de 200 pessoas ficaram feridas.
O governador Beto Richa alegou que foi uma resposta à agressão provocada por black blocs que estariam infiltrados no grupo dos educadores.