Funcionários da Educação podem parar outra vez

Há pouco mais de 30 dias do início do ano letivo, retardado devido a pendengas com o Governo do Estado, educadores e educadoras do Paraná se reunirão em assembleia geral da categoria para uma avaliação detalhada do período pós-greve e para definirem as próximas mobilizações.
A assembleia está marcada para este sábado (25) às 8h no Canadá Country Club de Londrina. A luta pelos direitos dos(as) trabalhadores(as) e da garantia de escolas com condições de ensino e aprendizado não para! A categoria continua em estado de greve, conforme definido na última assembleia.
Na quarta-feira (22) foi realizada no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) uma reunião, organizada pelo Fórum das Entidades Sindicais (FES) entre dirigentes dos sindicatos, equipe técnica do fórum e deputados estaduais. A proposta era apresentar a avaliação do FES sobre a nota técnica e também para um debate mais amplo sobre projeto de lei nº 252/2015 (ParanáPrevidência).
Foram expostos os pontos de conflito na nova lei, que foi aprovada no mesmo dia pela Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Estado, apesar de toda a celeuma com a categoria.
Segundo a professora Marlei Martins, a partir da nota técnica do Ministério da Previdência, enviada à Alep, o fórum fez um estudo e chegou à conclusão que o governo precisa dar um prazo maior para debate.
"Esta lei não contempla o que os servidores querem. Um grupo de trabalho precisa ser instaurado antes do projeto chegar no plenário da Alep", explica.
Além disso, há outras demandas que o FES levanta sobre o PL 252 como auditoria na ParanaPrevidência, a mudança da natureza jurídica (que atualmente é privada) para pública,  a paridade no Conselho e o repúdio ao regime de urgência exigido pelo governo do Estado na tramitação do projeto. Sem contar que o governo retroage a lei a janeiro deste ano.
A exigência dos sindicatos dos servidores é para que o governo retire o projeto e reestabeleça o processo de negociação com as categorias, caso contrário a paralisação geral do serviço público no Paraná é iminente.
Mesmo depois de todas as ações que resultaram em protestos dos funcionários da educação, invasão da Alep, uso de camburão por deputados para terem acesso ao restaurante da Casa para realizar reunião e outras mais, o governo insiste em se apoderar de recursos da ParanáPrevidência para cobrir suas contas, o que cria um clima de indignação na categoria.
(SB)