Produtores de mandioca da região podem parar entregas novamente
Produtores de mandioca podem voltar a interromper a entrega da raiz para indústrias de Paranavaí e de outros municípios da região. A decisão será tomada ainda nesta semana, com base na informação de que o preço mínimo estabelecido em acordo com os empresários não estaria sendo cumprido.
O secretário da Associação dos Produtores de Mandioca (Aproman), Dionísio Heidemann, afirmou que poucas fecularias têm garantido o pagamento de R$ 0,35 por grama de mandioca para os produtores. “Se decidirmos parar, vamos deixar de entregar para aquelas que estão pagando menos”.
Segundo Heidemann, o descontentamento dos produtores também se deve ao fato de que o acordo com os empresários incluía o aumento gradativo do valor a cada semana. “Desde o início a gente queria R$ 0,37. Aceitamos R$ 0,35 para ir subindo aos poucos, mas isso não aconteceu”, afirmou.
Ele fez questão de destacar que a greve não está sendo motivada pela Aproman. Trata-se de uma iniciativa dos próprios produtores. Mesmo assim, ele informou que a entidade apoiará as decisões tomadas pelos mandiocultores. “Se eles não aceitarem negociar, os produtores vão parar”, reiterou.
PARALISAÇÃO – No final do mês passado, os produtores da região deixaram de fazer a colheita da raiz, em forma de protesto pelos preços baixos a eles repassados pelas fecularias. Algumas indústrias foram afetadas pela paralisação. Na ocasião, foram feitos bloqueios em estradas, para impedir que os mandiocultores chegassem até as indústrias.
Apesar do incômodo provocado pela paralisação, foi possível estabelecer um acordo entre produtores e empresários do setor. Não significa, no entanto, que todas as indústrias tenham sido prejudicadas. Em algumas regiões do Paraná e do Brasil não houve interrupção na entrega da raiz.
Durante a manifestação dos produtores, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), João Eduardo Pasquini, disse que a paralisação pode resultar em problemas para os próprios produtores, uma vez que há grande oferta de fécula na região, vindo inclusive do Paraguai.
AMIDO – De acordo com informações da Abam, o amido de mandioca pode ser utilizado para diversos fins, seja na indústria de alimentos, na produção têxtil, no setor madeireiro, na fundição e até mesmo na fabricação de medicamentos.
Compõe os ingredientes do pão de queijo, do sagu, da tapioca, de biscoitos, tortas, pudins, pães, massas, sorvetes, requeijão, embutidos e sopas.
A partir da modificação química, o amido também pode ter aplicação na fabricação de pasta dentifrícia, sabões e detergentes, colas, tintas e vernizes, papel sulfite, fita adesiva, caixa de papelão, adubos e fertilizantes. É utilizado, ainda, na secagem de concreto, na mineração, pisos isolantes de som e amaciante de couro em curtumes.
Na área da saúde, o amido de mandioca é encontrado em talcos antissépticos, antibióticos, vitaminas, hormônios, vacinas, compostos anticancerígenos, soluções para diálise, próteses biocompatíveis, comprimidos e géis para uso em eletrodos.
O secretário da Associação dos Produtores de Mandioca (Aproman), Dionísio Heidemann, afirmou que poucas fecularias têm garantido o pagamento de R$ 0,35 por grama de mandioca para os produtores. “Se decidirmos parar, vamos deixar de entregar para aquelas que estão pagando menos”.
Segundo Heidemann, o descontentamento dos produtores também se deve ao fato de que o acordo com os empresários incluía o aumento gradativo do valor a cada semana. “Desde o início a gente queria R$ 0,37. Aceitamos R$ 0,35 para ir subindo aos poucos, mas isso não aconteceu”, afirmou.
Ele fez questão de destacar que a greve não está sendo motivada pela Aproman. Trata-se de uma iniciativa dos próprios produtores. Mesmo assim, ele informou que a entidade apoiará as decisões tomadas pelos mandiocultores. “Se eles não aceitarem negociar, os produtores vão parar”, reiterou.
PARALISAÇÃO – No final do mês passado, os produtores da região deixaram de fazer a colheita da raiz, em forma de protesto pelos preços baixos a eles repassados pelas fecularias. Algumas indústrias foram afetadas pela paralisação. Na ocasião, foram feitos bloqueios em estradas, para impedir que os mandiocultores chegassem até as indústrias.
Apesar do incômodo provocado pela paralisação, foi possível estabelecer um acordo entre produtores e empresários do setor. Não significa, no entanto, que todas as indústrias tenham sido prejudicadas. Em algumas regiões do Paraná e do Brasil não houve interrupção na entrega da raiz.
Durante a manifestação dos produtores, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam), João Eduardo Pasquini, disse que a paralisação pode resultar em problemas para os próprios produtores, uma vez que há grande oferta de fécula na região, vindo inclusive do Paraguai.
AMIDO – De acordo com informações da Abam, o amido de mandioca pode ser utilizado para diversos fins, seja na indústria de alimentos, na produção têxtil, no setor madeireiro, na fundição e até mesmo na fabricação de medicamentos.
Compõe os ingredientes do pão de queijo, do sagu, da tapioca, de biscoitos, tortas, pudins, pães, massas, sorvetes, requeijão, embutidos e sopas.
A partir da modificação química, o amido também pode ter aplicação na fabricação de pasta dentifrícia, sabões e detergentes, colas, tintas e vernizes, papel sulfite, fita adesiva, caixa de papelão, adubos e fertilizantes. É utilizado, ainda, na secagem de concreto, na mineração, pisos isolantes de som e amaciante de couro em curtumes.
Na área da saúde, o amido de mandioca é encontrado em talcos antissépticos, antibióticos, vitaminas, hormônios, vacinas, compostos anticancerígenos, soluções para diálise, próteses biocompatíveis, comprimidos e géis para uso em eletrodos.