Três assassinatos desta semana podem estar ligados

O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar, major Ademar Carlos Paschoal, informou que há indícios de ligação entre as três mortes ocorridas essa semana em Paranavaí. Mas não se aprofundou nos detalhes dos crimes.
Paschoal informou à imprensa que policiais já encontraram fatos que ligam o duplo homicídio da noite da última segunda-feira com a morte de Sidmar Ferreira Braz, assassinado na noite de anteontem.
Os dois crimes aconteceram em regiões próximas – dois no Jardim Matarazzo e um na Coloninha do Jardim São Jorge. O comandante descartou qualquer tipo de ligação desses crimes com as mortes que aconteceram no início do mês em um pesqueiro, localizado próximo a Chácara Jaraguá.
OS CRIMES – Sidmar Ferreira Braz foi morto na noite de anteontem por volta das 19h45. Testemunhas disseram que a vítima estacionou o carro na Rua Projetada A, Jardim São Jorge e ao descer do veículo foi alvejado com três tiros.
Os assassinos chegaram em uma moto. O garupa teria descido e efetuado os disparos. O tiro fatal acertou o rosto da vítima. Os outros dois projéteis atingiram as nádegas e a axila.
A vítima tinha antecedentes criminais e cumpria pena de prisão domiciliar. Há dois anos ele saiu da cadeia acusado de tráfico, sequestros e cárcere privado.
Já os adolescentes foram assassinados na segunda-feira quando conversavam com outras duas pessoas em frente a uma casa considerada pela polícia como ponto de venda de drogas. Os assassinos chegaram em duas motos e desceram atirando.
Um dos adolescentes morreu no local do crime. O outro chegou a ser socorrido e faleceu no Pronto Atendimento Municipal (PAM). Uma terceira vítima foi baleada recebeu atendimentos médicos na Santa Casa e não corre risco de morrer.
SILÊNCIO – Desde o início do ano já foram assassinadas sete pessoas em Paranavaí. O primeiro foi no dia 14 de fevereiro. Depois disso houve o assassinato de uma jovem em um pesque pague. Dias depois morreu o proprietário do comércio que também tinha ficado ferido.
Na última semana uma pessoa foi baleada na Vila Operária e morreu no início dessa semana. Na segunda-feira foram assassinados os dois jovens e anteontem houve o registro do sétimo homicídio. Nenhuma das mortes foram solucionadas.
De acordo com o superintendente da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), André Eberle, o silêncio das testemunhas atrapalha a elucidação dos casos. “As pessoas têm medo de repassar informações e isso atrasa na elucidação das autorias dos assassinatos”.