Convertam-se e creiam no Evangelho
O tempo da Quaresma vai da quarta-feira de Cinzas até a Missa da Ceia do Senhor, inclusive. É o tempo para preparar a celebração da Páscoa: “Tanto a liturgia quanto na catequese litúrgica esclareça-se melhor a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do Batismo e pela penitência, fazendo os fiéis ouvirem com mais freqüência a Palavra de Deus e entregarem-se à oração, os dispõe a celebração do mistério pascal” (S.C. 109)
O primeiro Concílio Ecumênico de Niceia fala já da “Quadragésima paschae” como um período de preparação de quarenta dias. Com esta prática desejava-se imitar a Jesus que jejuou durante quarenta dias no deserto, depois de seu batismo no Jordão (Mt 4,2; Lc 4,1s). Os Padres da Igreja viam neste acontecimento uma alusão aos quarenta dias em que Moisés jejuou no Monte Sinai (Ex 34,28) e o profeta Elias caminhou em direção ao Monte Horeb (1Rs 19,8), e ainda os quarenta anos de peregrinação de Israel pelo deserto, além dos outros mais.
É necessário redescobrir o sentido que unia a oração e o jejum (penitência) ligados ainda à caridade.
O Prefácio da Quaresma nos diz: “Pela penitência desta quaresma, corrigis os nossos vícios, elevais os nossos sentimentos, e nos dais força e recompensa, por Cristo Senhor Nosso” (Prefácio nº IV). E o Prefácio nos esclarece a finalidade do tempo de preparação para a Páscoa e motiva os sacrifícios e fadigas das semanas da Quaresma com um olhar dirigido ao acontecimento pascal, ao dizer: “Ano após ano, concedeis a vossos filhos esperar com alegria a Festa da Páscoa, preparando-se pela penitência e dedicando-se mais à oração e ao amor fraterno, para que alcancem a plenitude da filiação divina pela renovação dos sacramentos pascais nos quais renasceram”. (Prefácio da Quaresma nº I)
“CONVERTAM-SE… A proclamação evangélica que inaugura o período da quaresma é um convite firme à conversão, dentre outros mais. É um dos tantos, porque na realidade a transmissão das mensagens, seja de qual for a natureza, pede ao destinatário uma conversão: atenção, preferência e vontade de mudar tanto nas idéias como na praxe.
As fontes do convite à conversão provêm das informações, da publicidade, da moda, das ideologias, das religiões. Visto que a propaganda é a alma do negócio, acrescentam-se ofertas suplementares à adesão do destinatário: comodidade, realização pessoal, prestígio, saúde, segurança, sucesso. Até mesmo certas religiões se esmeram em apresentar seus brindes aos eventuais fregueses em produtos de curas, milagres, êxitos materiais.
“CREIAM NO EVANGELHO”… Também Cristo lança sua proclamação: deixem outros e venham comigo… Então devemos optar. Converter-se quer dizer justamente escolher, entre milhares de possibilidades, uma linha de pensamento, e escolher uma só! A nossa decisão por uma orientação de vida vai condicionar outras escolhas, nossos objetivos e o quadro de nossa realização.
No concerto de mil vozes que nos convidam à conversão, a proposta de Cristo se apresenta com as seguintes características: – É global: por comprometer inteiramente, não admite outros compromissos; – É definitiva: não aceita propostas temporárias por ser a fé incondicional e não admitir descontos; – É realista: não funciona na base de reclames, não promete ilusões; – É paradoxal: não dissimula como faz o mundo; não só o preço da prestação, mas dá logo a soma total; – É idealista: não convive com a mediocridade, com a denominada religião de água com açúcar ou de flor de laranjeira; é feita para os grandes riscos, para os que amam e se empenham.
Caminhemos, neste tempo, como Povo de Deus em marcha, com a caminhada da Igreja até chegarmos à Páscoa da Ressurreição.
O primeiro Concílio Ecumênico de Niceia fala já da “Quadragésima paschae” como um período de preparação de quarenta dias. Com esta prática desejava-se imitar a Jesus que jejuou durante quarenta dias no deserto, depois de seu batismo no Jordão (Mt 4,2; Lc 4,1s). Os Padres da Igreja viam neste acontecimento uma alusão aos quarenta dias em que Moisés jejuou no Monte Sinai (Ex 34,28) e o profeta Elias caminhou em direção ao Monte Horeb (1Rs 19,8), e ainda os quarenta anos de peregrinação de Israel pelo deserto, além dos outros mais.
É necessário redescobrir o sentido que unia a oração e o jejum (penitência) ligados ainda à caridade.
O Prefácio da Quaresma nos diz: “Pela penitência desta quaresma, corrigis os nossos vícios, elevais os nossos sentimentos, e nos dais força e recompensa, por Cristo Senhor Nosso” (Prefácio nº IV). E o Prefácio nos esclarece a finalidade do tempo de preparação para a Páscoa e motiva os sacrifícios e fadigas das semanas da Quaresma com um olhar dirigido ao acontecimento pascal, ao dizer: “Ano após ano, concedeis a vossos filhos esperar com alegria a Festa da Páscoa, preparando-se pela penitência e dedicando-se mais à oração e ao amor fraterno, para que alcancem a plenitude da filiação divina pela renovação dos sacramentos pascais nos quais renasceram”. (Prefácio da Quaresma nº I)
“CONVERTAM-SE… A proclamação evangélica que inaugura o período da quaresma é um convite firme à conversão, dentre outros mais. É um dos tantos, porque na realidade a transmissão das mensagens, seja de qual for a natureza, pede ao destinatário uma conversão: atenção, preferência e vontade de mudar tanto nas idéias como na praxe.
As fontes do convite à conversão provêm das informações, da publicidade, da moda, das ideologias, das religiões. Visto que a propaganda é a alma do negócio, acrescentam-se ofertas suplementares à adesão do destinatário: comodidade, realização pessoal, prestígio, saúde, segurança, sucesso. Até mesmo certas religiões se esmeram em apresentar seus brindes aos eventuais fregueses em produtos de curas, milagres, êxitos materiais.
“CREIAM NO EVANGELHO”… Também Cristo lança sua proclamação: deixem outros e venham comigo… Então devemos optar. Converter-se quer dizer justamente escolher, entre milhares de possibilidades, uma linha de pensamento, e escolher uma só! A nossa decisão por uma orientação de vida vai condicionar outras escolhas, nossos objetivos e o quadro de nossa realização.
No concerto de mil vozes que nos convidam à conversão, a proposta de Cristo se apresenta com as seguintes características: – É global: por comprometer inteiramente, não admite outros compromissos; – É definitiva: não aceita propostas temporárias por ser a fé incondicional e não admitir descontos; – É realista: não funciona na base de reclames, não promete ilusões; – É paradoxal: não dissimula como faz o mundo; não só o preço da prestação, mas dá logo a soma total; – É idealista: não convive com a mediocridade, com a denominada religião de água com açúcar ou de flor de laranjeira; é feita para os grandes riscos, para os que amam e se empenham.
Caminhemos, neste tempo, como Povo de Deus em marcha, com a caminhada da Igreja até chegarmos à Páscoa da Ressurreição.
Frei Filomeno dos Santos O. Carm.
(lembrete: texto para o dia 22 de fevereiro de 2015)