Polícia Civil aguarda laudo de perícia sobre acidente

A Polícia Civil (PC) de Paranavaí aguarda o resultado do laudo da perícia realizada na barra de direção do ônibus da Viação Cidade Paranavaí (VCP). O veículo se acidentou no mês de dezembro e provocou ferimento em mais de 30 pessoas e na morte de dois passageiros.
De acordo com o escrivão Gerson Dultra, o motorista que dirigia o ônibus afirmou que não estava correndo. Categórico, disse que o acidente foi provocado por falha mecânica do veículo. O condutor acha que a barra de direção apresentou problema.
O escrivão disse que recebeu da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) cópia do tacógrafo usado no ônibus no dia do acidente. Esse material será enviado para a perícia para emitir um laudo técnico. Apenas no visual não é possível afirmar com exatidão se o veículo estava acima do limite permitido. Sobre a barra de direção os peritos teriam verificado que ela estava quebrada. O trabalho é averiguar se a peça quebrou antes ou depois do acidente.
DEPOIMENTO – Na época do acidente surgiram comentários que o motorista não poderia estar trabalhando por recomendações médicas. Para desmentir esses boatos o condutor apresentou uma carta médica afirmando que estava apto para o serviço.
O escrivão disse que parentes de uma das vítimas fatal apresentaram nomes de duas pessoas que estavam no ônibus. Essas testemunhas teriam afirmado durante o velório que o veículo estava acima da velocidade permitida.
As pessoas foram intimadas a depor e apenas uma compareceu na Delegacia. Disse que no momento do acidente estava dormindo e que não tinha como dizer se houve ou não excesso de velocidade
RELEMBRE – O acidente aconteceu na madrugada do dia 20 de dezembro do ano passado. O ônibus da VCP transportava funcionários de um abatedouro de frango, passou reto em uma curva e capotou em seguida.
O acidente foi na PR-218 perto da ponte do Ribeirão Paranavaí. Carlos Alberto Fernandes, 41 anos, morreu no local. Três dias depois houve o registro da segunda morte. Wilson de Souza, 44 anos, morreu na Santa Casa.
No dia do acidente foi necessário o apoio de várias ambulâncias de diversos órgãos. No local socorristas e um médico faziam a triagem. Os casos mais graves foram levados para a Santa Casa e restante para o Pronto Atendimento Municipal (PAM).