Torcendo pela limpeza
O ministro da Fazenda, o novo, Joaquim Levy, diz que um trabalho de três anos poderá repor o país no caminho de uma economia que volte a ter o apoio do povo brasileiro e o respeito de instituições e governos estrangeiros.
Assim, sejam três, dois ou quatro anos, a torcida é francamente pelo ministro com bom currículo e respeitado em todos setores. E talvez seja esse o tempo em que o judiciário brasileiro possa enquadrar os problemas e os homens que participaram de episódios relacionados com a “roubança” na Petrobras, como diz o ex-deputado Hélio Duque.
Mais que tudo isso durou o Mensalão. Então, as partes interessadas tinham mais poder, ex-ministros, ex-parlamentares, ligações políticas importantes, partidos cabisbaixos mas úteis.
O problema é que na medida em que se expõem os casos em evidencia, fala-se a boca pequena de outros possíveis “roubaços” em instituições tidas como fortes e poderiam jorrar detritos tão iguais ou mais ainda do que os da Petrobras. Torcemos que não, mas não vamos nos espantar se o país virar um continuado e vergonhoso caminho judicial.
O Mensalão teve expoentes que duvidaram de sua existência. Que, felizmente, contou com figuras de coragem para levá-lo ao fim. Envergonhou a Nação, claro. Mas já temos como investigar e punir culpados, sejam eles de que cor partidária for, de que poder econômico provenham, de empresas e dirigentes que tendem a desaparecer se não usarem os métodos normais de participação na vida do país.
No canto de página de jornal importante vem, por outro lado, a informação de que o doleiro Alberto Youssef vinha agindo da mesma forma como a Polícia Federal o vê e apura hoje, como se em 2009 ele estivesse, uma vez que deste ano até 2012 uma planilha mapeia sua atuação.
Ora, agindo por quatro anos seguidos, é difícil não saber-se nos altos círculos econômicos e políticos de tão nefasto trabalho. Afinal, vamos convir, se um pobre “ladrão de galinha” se vê acuado diante de uma experiência no seu “metier”, como Youssef, Costa, e outros dirigentes de empresas e serviçais da roubalheira, não deixaram pistas, não foram questionados?
E como ficam os partidos que dominam a política nacional, envolvidos, no mínimo, por receberem cotas percentuais para suas campanhas e de seus integrantes. O PT, em convenção no Ceará, inocentou mais uma vez o seu tesoureiro Vaccari Neto, de ter recebido qualquer quantia para alimentar as campanhas de seu partido.
Ou o partido quer “empurrar com a barriga” um problema muito sério ou, realmente, Vaccari nada deve. O mesmo acontece com o PMDB do vice-presidente Michel Temer – Fernando Soares, o baiano, não representa o partido, não cometeu deslizes usando o nome da agremiação poderosa? E o PP sempre andou na linha, principalmente depois da morte do deputado paranaense José Janene?
Como todos querem a paz, na imprensa e fora dela, que tudo se prove, principalmente as inocências, é fazer-se a corrente do bem, esperando-se que nem tudo esteja perdido e que nem todos que estão na berlinda sejam realmente capazes de tanta velhacaria.
Assim, sejam três, dois ou quatro anos, a torcida é francamente pelo ministro com bom currículo e respeitado em todos setores. E talvez seja esse o tempo em que o judiciário brasileiro possa enquadrar os problemas e os homens que participaram de episódios relacionados com a “roubança” na Petrobras, como diz o ex-deputado Hélio Duque.
Mais que tudo isso durou o Mensalão. Então, as partes interessadas tinham mais poder, ex-ministros, ex-parlamentares, ligações políticas importantes, partidos cabisbaixos mas úteis.
O problema é que na medida em que se expõem os casos em evidencia, fala-se a boca pequena de outros possíveis “roubaços” em instituições tidas como fortes e poderiam jorrar detritos tão iguais ou mais ainda do que os da Petrobras. Torcemos que não, mas não vamos nos espantar se o país virar um continuado e vergonhoso caminho judicial.
O Mensalão teve expoentes que duvidaram de sua existência. Que, felizmente, contou com figuras de coragem para levá-lo ao fim. Envergonhou a Nação, claro. Mas já temos como investigar e punir culpados, sejam eles de que cor partidária for, de que poder econômico provenham, de empresas e dirigentes que tendem a desaparecer se não usarem os métodos normais de participação na vida do país.
No canto de página de jornal importante vem, por outro lado, a informação de que o doleiro Alberto Youssef vinha agindo da mesma forma como a Polícia Federal o vê e apura hoje, como se em 2009 ele estivesse, uma vez que deste ano até 2012 uma planilha mapeia sua atuação.
Ora, agindo por quatro anos seguidos, é difícil não saber-se nos altos círculos econômicos e políticos de tão nefasto trabalho. Afinal, vamos convir, se um pobre “ladrão de galinha” se vê acuado diante de uma experiência no seu “metier”, como Youssef, Costa, e outros dirigentes de empresas e serviçais da roubalheira, não deixaram pistas, não foram questionados?
E como ficam os partidos que dominam a política nacional, envolvidos, no mínimo, por receberem cotas percentuais para suas campanhas e de seus integrantes. O PT, em convenção no Ceará, inocentou mais uma vez o seu tesoureiro Vaccari Neto, de ter recebido qualquer quantia para alimentar as campanhas de seu partido.
Ou o partido quer “empurrar com a barriga” um problema muito sério ou, realmente, Vaccari nada deve. O mesmo acontece com o PMDB do vice-presidente Michel Temer – Fernando Soares, o baiano, não representa o partido, não cometeu deslizes usando o nome da agremiação poderosa? E o PP sempre andou na linha, principalmente depois da morte do deputado paranaense José Janene?
Como todos querem a paz, na imprensa e fora dela, que tudo se prove, principalmente as inocências, é fazer-se a corrente do bem, esperando-se que nem tudo esteja perdido e que nem todos que estão na berlinda sejam realmente capazes de tanta velhacaria.