Doações para a Santa Casa, na conta de água, estão abaixo da expectativa

A iniciativa surgiu como parte da solução para os problemas financeiros do hospital. Mas, na prática, tem se mostrado pouco eficiente o sistema de doações para a Santa Casa na conta de água. Atualmente a receita mensal não ultrapassa R$ 300,00. Quem quiser ajudar basta preencher a autorização, disponível na recepção e na diretoria da unidade de saúde.
Embora tímida atualmente, a opção já teve mais adesões. Chegou a R$ 1.800,00. Um dos problemas foi a renovação automática, que se dá a cada cinco anos, informa o administrador da Santa Casa, Héracles Alencar Arrais.
Ele detalha que a autorização cessa após 60 parcelas, sendo necessário novo documento para que a Sanepar volte a acrescentar o valor doado na conta mensal. Desde que foi criada, há sete anos, a opção de doar arrecadou cerca de R$ 60 mil, ou seja, embora pequena, se torna uma receita importante.
Quem tiver interesse pode doar qualquer valor a partir de R$ 3,00. Mesmo com previsão de 60 meses, o cancelamento se dá a qualquer momento, bastando solicitação junto à companhia de água.
Arrais explica que o hospital precisa de apoio da comunidade, pois se trata de instituição filantrópica e que atende majoritariamente o SUS – Sistema Único de Saúde – totalmente gratuito para a população. Os recursos do SUS são insuficientes para manter os serviços com o padrão de qualidade atual.
Enquanto conta com a participação comunitária, a Santa Casa tem duas obras estratégicas em andamento: a reforma e ampliação do Pronto Socorro e a construção da Santa Casa Unidade Morumbi (antigo Hospital Noroeste). São obras com recursos governamentais com contrapartida da Santa Casa.
A Unidade Morumbi terá investimento de R$ 9 milhões e deve ter a obra física concluída em 2016. O ritmo da obra continua acelerado, contando com cerca de 70 pessoas trabalhando.
Já o Pronto Socorro tem entrega prevista para janeiro. Serão 16 boxes com atendimento individual, situação que em nada lembra o cenário atual de apenas quatro macas e, ainda assim, sem privacidade. Investimento de R$ 630 mil em equipamentos e de R$ 1 milhão na obra de adequação.