Número de acidentes de trabalho reduziu 17,2% nos últimos 4 anos no Paraná
CURITIBA – Em 1988, o Paraná registrou 67.391 acidentes de trabalho, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Vinte anos depois, esse número teve uma redução bastante expressiva (23,6%), chegando aos 51.446.
Mas, em apenas 4 anos, a queda foi ainda mais significativa (17,2%) – quando se leva em conta o período menor – com um redução para 42.448 acidentes. Especialistas no tema apontam a educação, consultorias e conscientização como as principais responsáveis pela mudança de cenário.
“Existe uma mudança cultural e hoje a gestão da qualidade de vida passou a ser estratégica”, analisa o engenheiro de Segurança no Trabalho, consultor do Sesi no Paraná, Rodrigo Meister. De acordo com o especialista, a qualidade de vida do trabalhador passou a ser percebida como diferencial competitivo.
“Pesquisas revelaram o retorno do investimento na área de segurança e saúde. Se hoje há uma igualdade de qualidade da matéria prima e processo, as questões humanas passam a ser um diferencial para os custos de produção no setor industrial. É custoso, para a indústria, ficar sem um trabalhador, pelo tempo investido em treinamentos e até mesmo por encargos fiscais. Não há, hoje, como não ver a boa gestão da qualidade de vida como parte importante do negócio”, avalia o consultor, que orienta industriais pelo Sesi em todo o Estado.
A questão da segurança em máquinas e equipamentos, regida pela Norma Regulamentadora 12 (NR-12) também tem a atenção do Sistema Fiep por meio do Senai no Paraná. A entidade oferece consultoria para empresas que precisam se adequar à norma.
“Conseguimos promover uma mudança cultural entre os funcionários de uma indústria do setor de plástico, mesmo naqueles mais antigos, que estavam habituados com os mesmos processos”, avaliou a analista de Negócios do Senai em Cascavel, Bruna Sachini, sobre uma consultoria prestada a uma empresa de Pato Branco.
A consultoria de 60 horas, oferecida a cerca de 40 trabalhadores, despertou um processo de mudança crescente e a indústria, com apoio de seus trabalhadores, fez mais do que era exigido pela NR-12.
“Os colaboradores foram se sentindo mais seguros com as alterações, e projetos não previstos inicialmente ganharam espaço. Houve mudanças nos meios de acesso às máquinas, que foram transferidas para uma só plataforma, o que reduziu risco de queda e aumentou produtividade, por haver menos necessidade de deslocamento interno”, exemplificou Sachini.
Para o médico Dráuzio Varella, convidado pelo Sesi no Paraná para o 2º Encontro Cuide-se +, a questão também está relacionada à educação do trabalhador.
“Eles muitas vezes não seguem as normas técnicas – e um acidente acontece quando menos se espera. E você precisa estar preparado para prever que aquilo pode acontecer”, disse Dráuzio durante sua passagem por Curitiba, chamando atenção para a necessidade de mudança cultural para que os acidentes em ambiente de trabalho sejam menos frequentes.
“Aqui no Brasil temos a ideia de que a saúde é um bem de todos e um dever do Estado, do patrão, do SUS, do governo. E essa mentalidade é ruim, porque nesse momento, você acha que não tem culpa de nada. E existe também um pouco desta mentalidade em relação aos acidentes. `Cabe só à empresa tomar os cuidados para que nada aconteça comigo’. Não, cabe a você também. É uma ação conjunta. A empresa precisa dar as condições para você trabalhar em segurança, mas quem vai trabalhar é você”, alerta.
O coordenador do Conselho Temático de Relações do Trabalho da Fiep, Carlos Walter Martins, lembra que as questões relacionadas à Segurança e Saúde do trabalhador são discutidas mensalmente no Sistema Fiep. “Este é uma dos temas mais recorrentes nas reuniões do nosso Conselho. Queremos estar sempre alinhados com a legislação e com o bem-estar do trabalhador, pela produtividade e competitividade da indústria paranaense. E sabemos que para isso, precisamos dar a máxima atenção à segurança e à saúde do trabalhador”, disse.
Mas, em apenas 4 anos, a queda foi ainda mais significativa (17,2%) – quando se leva em conta o período menor – com um redução para 42.448 acidentes. Especialistas no tema apontam a educação, consultorias e conscientização como as principais responsáveis pela mudança de cenário.
“Existe uma mudança cultural e hoje a gestão da qualidade de vida passou a ser estratégica”, analisa o engenheiro de Segurança no Trabalho, consultor do Sesi no Paraná, Rodrigo Meister. De acordo com o especialista, a qualidade de vida do trabalhador passou a ser percebida como diferencial competitivo.
“Pesquisas revelaram o retorno do investimento na área de segurança e saúde. Se hoje há uma igualdade de qualidade da matéria prima e processo, as questões humanas passam a ser um diferencial para os custos de produção no setor industrial. É custoso, para a indústria, ficar sem um trabalhador, pelo tempo investido em treinamentos e até mesmo por encargos fiscais. Não há, hoje, como não ver a boa gestão da qualidade de vida como parte importante do negócio”, avalia o consultor, que orienta industriais pelo Sesi em todo o Estado.
A questão da segurança em máquinas e equipamentos, regida pela Norma Regulamentadora 12 (NR-12) também tem a atenção do Sistema Fiep por meio do Senai no Paraná. A entidade oferece consultoria para empresas que precisam se adequar à norma.
“Conseguimos promover uma mudança cultural entre os funcionários de uma indústria do setor de plástico, mesmo naqueles mais antigos, que estavam habituados com os mesmos processos”, avaliou a analista de Negócios do Senai em Cascavel, Bruna Sachini, sobre uma consultoria prestada a uma empresa de Pato Branco.
A consultoria de 60 horas, oferecida a cerca de 40 trabalhadores, despertou um processo de mudança crescente e a indústria, com apoio de seus trabalhadores, fez mais do que era exigido pela NR-12.
“Os colaboradores foram se sentindo mais seguros com as alterações, e projetos não previstos inicialmente ganharam espaço. Houve mudanças nos meios de acesso às máquinas, que foram transferidas para uma só plataforma, o que reduziu risco de queda e aumentou produtividade, por haver menos necessidade de deslocamento interno”, exemplificou Sachini.
Para o médico Dráuzio Varella, convidado pelo Sesi no Paraná para o 2º Encontro Cuide-se +, a questão também está relacionada à educação do trabalhador.
“Eles muitas vezes não seguem as normas técnicas – e um acidente acontece quando menos se espera. E você precisa estar preparado para prever que aquilo pode acontecer”, disse Dráuzio durante sua passagem por Curitiba, chamando atenção para a necessidade de mudança cultural para que os acidentes em ambiente de trabalho sejam menos frequentes.
“Aqui no Brasil temos a ideia de que a saúde é um bem de todos e um dever do Estado, do patrão, do SUS, do governo. E essa mentalidade é ruim, porque nesse momento, você acha que não tem culpa de nada. E existe também um pouco desta mentalidade em relação aos acidentes. `Cabe só à empresa tomar os cuidados para que nada aconteça comigo’. Não, cabe a você também. É uma ação conjunta. A empresa precisa dar as condições para você trabalhar em segurança, mas quem vai trabalhar é você”, alerta.
O coordenador do Conselho Temático de Relações do Trabalho da Fiep, Carlos Walter Martins, lembra que as questões relacionadas à Segurança e Saúde do trabalhador são discutidas mensalmente no Sistema Fiep. “Este é uma dos temas mais recorrentes nas reuniões do nosso Conselho. Queremos estar sempre alinhados com a legislação e com o bem-estar do trabalhador, pela produtividade e competitividade da indústria paranaense. E sabemos que para isso, precisamos dar a máxima atenção à segurança e à saúde do trabalhador”, disse.