Pessoas invisíveis
Até pouco tempo atrás uma leva de desassistidos que habita nossa cidade e o país era praticamente invisível aos olhos da maioria da população. Circulando entre pedintes, desempregados, a pressa e a rotina impediam de ver um sem número de pessoas beirando o desespero, conformadas com o que parecia ser sua sina.
Campanhas políticas eram travadas com mensagens e propostas que, de tanto serem repetidas, acabavam no descrédito da população. Assim temas como asfalto, creches, atendimento à saúde, emprego, lazer, casa própria e tantos outros pareciam longe da realidade da maioria da população.
"Pobres também sonham, eles querem ter carro, casa, ar condicionado, lazer, educação de qualidade, infraestrutura e acesso a uma vida digna". A frase dita por uma assistente social de nossa cidade em encontro recente que promovemos com lideranças, sintetiza de forma clara uma de nossas missões como gestores públicos, promovendo dignidade e qualidade de vida a um numeroso contingente de brasileiros.
Graças a parcerias com o governo federal, políticas públicas puderam ser aplicadas pelos municípios, a partir de 2006 que revolucionaram a assistência social em todo o Brasil. O acesso à casa própria, educação, programas de distribuição de renda, serviços públicos, ensino profissionalizante entre outros, foram incrementados possibilitando a um grande número de brasileiros o acesso à cidadania.
Em Paranavaí, o volume de recursos aplicados, a fundo perdido, em políticas sociais e programas de transferência de renda atinge a casa de milhões de reais mensalmente. O bolsa família, concedido a aproximadas 2.700 famílias, BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a 700 pessoas carentes com limitações físicas ou mentais, 1.100 idosos aposentados que não contribuíram com a previdência social, respeitando parâmetros legais de renda familiar preestabelecidos, PRONATEC que qualifica pessoas para o mercado de trabalho, fazem parte de uma política nacional que tirou da miséria absoluta muitas pessoas.
Os valores anuais somados nestes programas, em nossa cidade, chegam atualmente a casa dos 22 milhões de reais, pagos diretamente às famílias, melhorando seu poder aquisitivo e irrigando nossa economia. Você pode não notar, mas não temos mais pedintes em nossas ruas, crianças em semáforos "vendendo" balas, guardadores de carros nas calçadas, tudo isto é fruto desta transformação que vivemos, graças também a estes programas do governo federal.
No início do primeiro mandato, em 2009, buscamos equipar nossa assistência social, que saiu de um quadro técnico de menos de uma dúzia de profissionais e chega hoje a mais de setenta integrantes, entre eles assistentes sociais, psicólogos e educadores sociais. As estruturas físicas foram ampliadas para o atendimento adequado à população carente da periferia, ação indispensável para identificarmos estas pessoas e termos acesso a estes benefícios e outros programas criados pelo município.
Buscar a justiça social, qualificando trabalhadores, erradicando a pobreza extrema, é dever de todos para que possamos ter uma cidade mais justa, com menos problemas de segurança e possibilitando uma comunidade mais equilibrada, onde os mais frágeis tenham acesso a uma vida digna. Não haverá paz em um mundo onde pessoas se deitam para dormir com fome, onde pais não conseguem ter uma perspectiva de vida melhor para suas crianças, perpetuando graves desigualdades.
O Brasil de hoje, ao dar estas condições aos gestores municipais de trazerem estes benefícios para um numeroso contingente da nossa população, caminha a passos largos para se tornar uma potência mundial, com uma sociedade mais justa e equilibrada. Continuar neste caminho é fundamental para todos nós.