Choro e contrariedade detonaram crise no Corinthians após eliminação

SÃO PAULO – A crise corintiana, detonada pela eliminação na Copa do Brasil, ficou pior nos minutos após a derrota para o Atlético-MG. Guerrero entrou no vestiário chorando. Ele havia pedido dispensa da seleção peruana para estar em campo no Mineirão.
A declaração de Cássio, de que há jogadores não preparados para atuar pelo Corinthians, repercutiu mal no elenco. Ele ficou irritado com erros no posicionamento defensivo e com o individualismo do atacante Luciano.
O presidente Mario Gobbi foi ao vestiário e garantiu que nada vai mudar. Ele banca o trabalho de Mano Menezes até dezembro, quando termina o contrato. Isso apesar da pressão para que demita o treinador.
Ele ainda aposta que no Campeonato Brasileiro o time vai conquistar o grande objetivo do ano: se classificar para a Libertadores de 2015.
A Gaviões da Fiel promete protesto no centro de treinamento. Eles pedem a saída do treinador e do presidente.
Uma das reclamações dentro do clube com relação ao trabalho do técnico é Jadson, pouco utilizado. O próprio meia, usado na troca com o São Paulo por Alexandre Pato, está descontente.
Gil não gostou de não ter sido escalado. Viajou mais de 20 horas de Cingapura, onde estava com a seleção brasileira, foi para Belo Horizonte e não saiu do banco de reservas. Elias, que fez o mesmo trajeto, entrou a menos de 15 minutos para o fim.
A imagem da dupla corintiana ficou pior porque Diego Tardelli também estava com a seleção de Dunga, chegou horas antes da partida, foi titular e acabou sendo um dos melhores em campo.
"A decisão que tomamos foi a partir da conversa que tivemos com eles", disse Mano após a eliminação.
No domingo, o Corinthians enfrenta o vice-líder Internacional, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro. A equipe paulista ocupa a 6ª posição, a um ponto do G-4, a zona de classificação para a Libertadores.