Número de casos de dengue avança de maneira preocupante no Noroeste
O número de casos de dengue avança de maneira preocupante em municípios do Extremo-Noroeste do Paraná. De 1º de janeiro a 4 de abril, foram feitas 808 notificações de casos suspeitos da doença, com 206 confirmações. Porto Rico e Loanda enfrentam epidemia e Cruzeiro do Sul está na iminência de passar pela mesma condição.
Para que a situação seja considerada de epidemia, é preciso que sejam identificados 300 casos positivos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em proporções menores, seriam necessárias três confirmações a cada 1.000 moradores.
Quando isso ocorre, a Secretaria de Estado da Saúde lança mão do equipamento de pulverização do veneno contra o Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue) acoplado a um veículo. O chamado carro fumacê já está circulando em Porto Rico e deverá ser utilizado em Loanda a partir da próxima semana.
Outros municípios da região também requerem atenção quando se trata de dengue. Em Paranavaí já foram confirmados 71 casos da doença. Em Nova Londrina, 24. E apesar de os números serem baixos nas demais localidades, os índices de infestação por Aedes aegypti segue elevado na maioria das cidades.
ÓBITO EM LOANDA – De acordo com informações da 14ª Regional de Saúde, a morte de um paciente em Loanda está sendo investigada. Existe a suspeita de que tenha sido provocada por dengue, mas outros fatores podem ter provocado óbito.
Uso do carro fumacê
Dois municípios do Extremo-Noroeste do Paraná enfrentam epidemia de dengue: Porto Rico e Loanda. No primeiro, o veneno para matar o mosquito transmissor da doença já está sendo pulverizado pelo chamado carro fumacê. No outro, o veículo deverá circular a partir da próxima semana.
Segundo a 14ª Regional de Saúde, a aplicação do inseticida pelo equipamento acoplado a um automóvel tem efetividade 50% menor em relação à bomba costal utilizada por agentes de controle de endemias. Além de não eliminar as larvas do Aedes aegypti, o veneno compromete o ecossistema e torna os mosquitos mais resistentes aos inseticidas.
Por isso, o carro fumacê não deve ser considerado como principal instrumento de combate à dengue. É necessário investir em ações paralelas, por exemplo, fazer a limpeza de terrenos baldios e bueiros e exigir que os moradores eliminem os criadouros do mosquito.