Independência do Brasil completa 192 anos
Neste dia 7 de setembro de 2014 completam-se 192 anos da independência do Brasil em relação a Portugal. A independência do Brasil foi proclamada na tarde do dia 7 de setembro de 1822, o que assegurou a emancipação. O príncipe Dom Pedro foi aclamado o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado no dia 1º de dezembro do mesmo ano.
Foram várias as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX, a situação do Brasil, do ponto de vista político continuava a mesma do século anterior, as capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice -rei, que governava em nome do rei de Portugal. A situação econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão foram reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência. A pecuária se restringia à produção de queijo em Minas Gerais e charque no Rio Grande do Sul. A mineração apresentava baixo rendimento, as jazidas estavam esgotadas. A indústria não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas pelo regime do monopólio. A colônia podia comerciar apenas com a metrópole.
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL – No início do século XIX, a Europa estava inteiramente dominada pelas tropas do imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra, cuja poderosa armada Napoleão não pôde vencer. Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental, obrigando a todas as nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês, pretendendo enfraquecer a Inglaterra.
Nessa época Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João VI. Pressionado por Napoleão, que exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto. A Inglaterra era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras. Para resolver a situação o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a Corte para o Brasil. Desse modo os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a família real evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de novembro de 1807 a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte as tropas francesas invadiram Lisboa. No dia 22 de janeiro de 1808 D. João chegava a Salvador, onde tomou a mais importante medida de caráter econômico. Em 28 de janeiro expediu a Carta Régia de abertura dos portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Só chegou ao Rio de Janeiro em março do mesmo ano.
Rapidamente os produtos ingleses começaram a chegar. Um grande número de firmas inglesas se instalaram no Brasil. Em 1810, D. João assinou o Tratado de Comércio e Navegação, que, entre outros atos, estabelecia a taxa de 15% sobre a importação de produtos ingleses, enquanto Portugal pagava 16% e as outras nações 24%. A indústria brasileira ficou obrigada a sofrer a concorrência insuportável dos produtos ingleses.
Em 1815, após a derrota definitiva de Napoleão, as potências europeias reuniram-se no Congresso de Viena, com o objetivo de restaurar o regime absolutista anterior à Revolução Francesa. Para obter o reconhecimento da dinastia de Bragança e o direito de participar do Congresso, em 16 de fevereiro de 1815, D. João VI transformou o Brasil em Reino Unido de Portugal e Algarves. Era um passo importante para a emancipação política.
A REVOLUÇÃO DO PORTO – Desde a vinda da família real para o Brasil, o reino português estava à beira do caos. Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava Portugal.
Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do Porto em 24 de agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto pretendia: derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.
No dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil. No dia 26 de abril de 1821, D. João deixa o Brasil.
DO FICO À INDEPENDÊNCIA – O novo regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara, tinha apenas 23 anos. Várias medidas das cortes de Lisboa procuraram diminuir o poder do Príncipe regente e desse modo pôr fim à autonomia do Brasil. A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8 000 assinaturas solicitando que não abandonasse o Brasil. Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.
O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana. Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. No mês de maio, o governo brasileiro estabelecia que qualquer determinação vinda de Portugal só devia ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro.
Na Bahia desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero as Cortes tomaram medidas radicais: declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil; o governo do príncipe foi declarado ilegal e o mesmo deveria regressar imediatamente a Portugal. Diante da atitude da metrópole o rompimento tornou-se inevitável.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes. Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros. No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.
Foram várias as causas da Independência do Brasil. No início do século XIX, a situação do Brasil, do ponto de vista político continuava a mesma do século anterior, as capitanias continuavam subordinadas à autoridade central do vice -rei, que governava em nome do rei de Portugal. A situação econômica era precária. Na agricultura a produção do tabaco e do algodão foram reduzidas. A cultura canavieira estava em fase de decadência. A pecuária se restringia à produção de queijo em Minas Gerais e charque no Rio Grande do Sul. A mineração apresentava baixo rendimento, as jazidas estavam esgotadas. A indústria não se desenvolvia. O comércio no Brasil era limitado pelas restrições impostas pelo regime do monopólio. A colônia podia comerciar apenas com a metrópole.
A FAMÍLIA REAL NO BRASIL – No início do século XIX, a Europa estava inteiramente dominada pelas tropas do imperador dos franceses, Napoleão Bonaparte. O principal inimigo de Napoleão era a Inglaterra, cuja poderosa armada Napoleão não pôde vencer. Em 1806, o imperador decretou o Bloqueio Continental, obrigando a todas as nações da Europa continental a fecharem seus portos ao comércio inglês, pretendendo enfraquecer a Inglaterra.
Nessa época Portugal era governado pelo Príncipe Regente D. João VI. Pressionado por Napoleão, que exigia o fechamento dos portos portugueses ao comércio inglês, e ao mesmo tempo pretendendo manter as relações com a Inglaterra, D. João tentou adiar uma decisão definitiva sobre o assunto. A Inglaterra era fornecedora dos produtos manufaturados consumidos em Portugal e também compradores de mercadorias portuguesas e brasileiras. Para resolver a situação o embaixador inglês em Lisboa, convenceu D. João a transferir-se com a Corte para o Brasil. Desse modo os ingleses garantiam o acesso ao mercado consumidor brasileiro e a família real evitava a deposição da dinastia de Bragança pelas forças napoleônicas.
No dia 29 de novembro de 1807 a família real, fidalgos e funcionários partiram para o Brasil escoltados por quatro navios britânicos. No dia seguinte as tropas francesas invadiram Lisboa. No dia 22 de janeiro de 1808 D. João chegava a Salvador, onde tomou a mais importante medida de caráter econômico. Em 28 de janeiro expediu a Carta Régia de abertura dos portos do Brasil às nações amigas de Portugal. Só chegou ao Rio de Janeiro em março do mesmo ano.
Rapidamente os produtos ingleses começaram a chegar. Um grande número de firmas inglesas se instalaram no Brasil. Em 1810, D. João assinou o Tratado de Comércio e Navegação, que, entre outros atos, estabelecia a taxa de 15% sobre a importação de produtos ingleses, enquanto Portugal pagava 16% e as outras nações 24%. A indústria brasileira ficou obrigada a sofrer a concorrência insuportável dos produtos ingleses.
Em 1815, após a derrota definitiva de Napoleão, as potências europeias reuniram-se no Congresso de Viena, com o objetivo de restaurar o regime absolutista anterior à Revolução Francesa. Para obter o reconhecimento da dinastia de Bragança e o direito de participar do Congresso, em 16 de fevereiro de 1815, D. João VI transformou o Brasil em Reino Unido de Portugal e Algarves. Era um passo importante para a emancipação política.
A REVOLUÇÃO DO PORTO – Desde a vinda da família real para o Brasil, o reino português estava à beira do caos. Além da grave crise econômica e do descontentamento popular, o sistema político era marcado pela tirania do comandante inglês, que governava Portugal.
Tudo isso levou os portugueses a aderirem ao movimento revolucionário que teve início na cidade do Porto em 24 de agosto de 1820. A Revolução Liberal do Porto pretendia: derrubar a administração inglesa, recolonizar o Brasil, promover a volta de D. João VI para Portugal e elaborar uma Constituição.
No dia 7 de março de 1821, D. João anunciou sua partida, e através de um decreto, atribuía a D. Pedro a regência do Brasil. No dia 26 de abril de 1821, D. João deixa o Brasil.
DO FICO À INDEPENDÊNCIA – O novo regente do Brasil, D. Pedro de Alcântara, tinha apenas 23 anos. Várias medidas das cortes de Lisboa procuraram diminuir o poder do Príncipe regente e desse modo pôr fim à autonomia do Brasil. A insistência das Cortes para que D. Pedro voltasse a Portugal despertou atitudes de resistência no Brasil. No dia 9 de janeiro de 1822, foi entregue ao Príncipe Regente uma petição com 8 000 assinaturas solicitando que não abandonasse o Brasil. Cedendo às pressões D. Pedro respondeu: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Diga ao povo que fico”.
O Dia do Fico era mais um passo para a independência do Brasil.
Em algumas províncias brasileiras, os partidários dos portugueses não prestigiavam o governo de D. Pedro. O general Avilés, comandante do Rio de Janeiro e fiel às Cortes, tentou obrigar o embarque do regente, mas foi frustrado pela mobilização dos brasileiros, que ocupavam o Campo de Santana. Os acontecimentos desencadeavam uma crise no governo e os ministros portugueses demitiram-se. O príncipe formou um novo ministério, sob a liderança de José Bonifácio, até então vice-presidente da Junta Governativa de São Paulo. No mês de maio, o governo brasileiro estabelecia que qualquer determinação vinda de Portugal só devia ser acatada com o cumpra-se de D. Pedro.
Na Bahia desencadeava-se a luta entre tropas portuguesas e brasileiras. Em desespero as Cortes tomaram medidas radicais: declararam ilegítima a Assembleia Constituinte reunida no Brasil; o governo do príncipe foi declarado ilegal e o mesmo deveria regressar imediatamente a Portugal. Diante da atitude da metrópole o rompimento tornou-se inevitável.
No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro se encontrava às margens do riacho Ipiranga em São Paulo, quando recebeu os últimos decretos de Lisboa, um dos quais o transformava num simples governador, sujeito às autoridades das Cortes. Essa atitude o conduziu a dizer que estavam cortados os laços que uniam o Brasil a Portugal. Daquele momento em diante, Independência ou Morte seria o lema de todos os brasileiros. No dia 12 de outubro do mesmo ano, D. Pedro foi aclamado como o primeiro imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I, sendo coroado em 1º de dezembro de 1822.