O MFC não discrimina Famílias

O que é o MFC (Movimento Familiar Cristão)?
Ele tem esta denominação de Movimento porque congrega pessoas que participam ativamente das atividades que nele se desenvolvem e se dinamiza sempre repensando seus objetivos
O MFC não discrimina Famílias, ou casais, segundo a sua situação jurídica, civil ou religiosa. Todas as Famílias que integram o MFC se reconhecem como Famílias imperfeitas e incompletas, por falhas na vivência do amor conjugal, no relacionamento humanizador entre seus membros.
Como sua denominação destaca a Família como célula MOR da sociedade, e neste contexto, queremos lembrar as palavras do Santo Papa João Paulo II que nos ensina que dentre várias entradas à Igreja, a primeira e a mais importante é a Família: uma via comum, mesmo se permanece particular, única e irrepetível, como irrepetível é cada homem; uma via da qual o ser humano não pode separar-se.
Com efeito, normalmente ele vem ao mundo no seio de uma Família, podendo-se dizer que a ela deve o próprio fato de existir como homem. Quando falta a Família logo à chegada da pessoa ao mundo, acaba por criar-se uma inquietante e dolorosa carência que pesará depois sobre toda a vida.
A Igreja une-se com afetuosa solicitude a quantos vivem tais situações, porque está bem ciente do papel fundamental que a Família é chamada a desempenhar. Ela sabe, ainda, que normalmente o homem sai da Família para realizar, por sua vez num novo núcleo familiar, a própria vocação de vida.
Mesmo quando opta por ficar sozinho, a Família permanece, por assim dizer, o seu horizonte existencial, como aquela comunidade fundamental onde se radica toda a rede das suas relações sociais, desde as mais imediatas e próximas até às mais distantes.
A Família tem a sua origem naquele mesmo amor com que o Criador abraça o mundo criado, como se afirma já «ao princípio», no livro do Genesis.
Uma suprema confirmação disso mesmo, oferece Jesus no Evangelho: «Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o seu Filho unigênito» . O Filho unigênito, consubstancial ao Pai, «Deus de Deus, Luz da Luz», entrou na história dos homens através da Família: Pela sua encarnação, Ele, o Filho de Deus, uniu-Se de certo modo a cada homem. Trabalhou com mãos humanas, (…) amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado.
Se é certo que Cristo revela plenamente o homem a si mesmo, dando-Lhe a começar da Família onde Ele escolheu nascer e crescer.
O mistério divino da Encarnação do Verbo está, pois, em estreita relação com a Família humana. Não apenas com uma – a de Nazaré -, mas de certo forma com cada Família, analogamente a quanto afirma o Concílio Vaticano II do Filho de Deus que, na encarnação, “Se uniu de certo modo com cada homem”.
Seguindo a Cristo que veio ao mundo para servir, a Igreja considera o serviço à Família uma das suas obrigações essenciais. Neste sentido, tanto o homem como a Família constituem a via da Igreja. Lembra-nos Vitor Hugo: “toda a doutrina social que visa destruir a Família é má. Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o indivíduo, mas sim a Família”.