PRIMEIRA ROMARIA NACIONAL A APARECIDA (SP)

A Primeira Romaria Nacional a Aparecida (SP) foi no ano de 1972. Naquele o Brasil comemorava o sesquicentenário de sua Independência Política, com festividades cívicas e religiosas em diversas partes do país.
De seu lado, a Sociedade de São Vicente de Paula tinha, também, motivos para festejar: os 100 de fundação da primeira conferência em terras brasileiras, a de São José, na cidade de Rio de Janeiro, em 1872.
Felizmente, em nossa Sociedade sempre ocorrem ideias e iniciativas felizes.
O fato é que, juntando todos os motivos, o então Conselho Superior do Brasil idealizou uma Romaria Nacional para homenagear nossa querida Mãe, em seu Santuário de Aparecida.
É de se ressaltar que a comunicação naquele distante ano de 1972 caminhava a passos lentos, mas ainda assim e com as dificuldades naturais, a Romaria surpreendeu e a cidade de Aparecida viu chegarem caravanas e mais caravanas de vicentinos que atendiam o chamado do seu Conselho Maior.
Para a época, foi um acontecimento marcante e de certo modo inesperado, provocando congestionamentos em todos os setores de atendimento.
As confissões, por falta de sacerdotes em número suficiente, tiveram de ser do tipo comunitário; as lojas anexas ao Templo e imediações ficaram superlotadas: as filas dos sanitários eram enormes.
Durante a Missa, no dia 21 de maio de 1972, o celebrante principal, Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, franqueou a palavra ao presidente do Conselho Superior do Brasil, confrade Balthazar Moacyr Batista Pereira.
Vale a pena destacarmos alguns tópicos de sua manifestação:
“Nesta memorável solenidade em que a (SSVP) Sociedade de São Vicente de Paula do Brasil comemora o centenário de fundação da primeira Conferência no país, não podíamos deixar de vir aos pés da Virgem Imaculada Conceição Aparecida prestar esta filial homenagem a tão grande Rainha e Senhora. Nós viemos, também agradecer genuflexos todos os benéficos concedidos a cada uma das (10 deis mil) conferências que se espalham em todo território nacional. Desde o Território do Rio de Janeiro até ao Rio Grande do Sul: desde as Conferências mais ocidentais de Cruzeiro do Sul, no Acre, de Ponta Porã, de Bela Vista até as Conferências de todo litoral: desde Belém até o Rio Grande”.
E continuou: “Viemos agradecer, também por aquelas contrariedades, aqueles fracassos que a contingência humana não dispensa para as organizações temporais. Também queremos pedir perdão à Nossa Boa Mãe e Senhora pelas omissões durante estes (100 cem anos). Pelos confrades que facilmente deixam de ir à reunião: que em vez de visitar o Pobre em seu domicílio, preferem distribuir a esmola em sua própria casa: pelos que são negligentes na remessa dos relatórios, pelos que se omitem no pagamento das décimas. Enfim, pelos que ainda não entenderam que o que existe de mais precioso na Sociedade é o diálogo, e a troca de serviços, é a presença e o carinho com que prometemos tratar nossos irmãos e os nossos próprios confrades”. No mesmo discurso, Pereira frisou que “é por isso que toda a Sociedade representada aqui por confrades dos mais longínquos e distantes pontos do país se prostra aos pés da Virgem. Nós desejamos testemunhar que essa mesma Sociedade, através do Conselho Superior do Brasil e dos seus (18 dezoitos) Conselhos Metropolitanos, pretende se comprometer a continuar a dar exemplo de caridade e de fidelidade aos princípios pregados por Antonio Frederico Ozanam”. (Confrade Helio Pinheiro da Cunha.
Continua até hoje a Romaria em Aparecida e cada vez com maior número de vicentinos. Para a acomodação devemos já deixar de um ano para outro a reserva nos hotéis. Se não temos que fazer o tradicional bate-volta, ou seja, ir e voltar no mesmo dia.

Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo
Ginez Romera Plaza Filho
Vicentino
ginezromerapfilho@hotmail.com