Salvemos os partidos
Ayrton Baptista*
Não se dá o devido valor aos partidos políticos no Brasil. Até porque os partidos não se entendem, não se afirmam, não se incomodam com eles próprios. Por que iriam se incomodar se poderão os políticos sentirem-se atraídos e para um outro mudar na primeira oportunidade? Claro, há exceções.
Não se quer, evidente, uma lei partidária tipo Arena e MDB. Mas não se entende, por outro lado o majestoso número de agremiações que gravitam pelo nosso sistema. Coligação, então, alianças, valem todas. Ideologia, programa partidário, só para vender imagem. Ninguém segue, ninguém quer, parecendo samba de Dolores Duran.
O PMDB do Paraná lutou bravamente para ter um candidato próprio ao Governo do Estado quando tudo se encaminhava para uma aliança com Beto Richa, valendo-se para isso o partido que o PMDB gerou – o PSDB. Roberto Requião é o candidato ao Palácio Iguaçu, podendo ocupá-lo pela quarta-vez. Certo ou errado, Requião está na luta, contra Beto, contra Gleisi, embora dedique a esta os mais respeitosos cumprimentos.
A lei eleitoral está vigendo, não se pode apoiar candidato de outro partido numa eleição, o que se faz então, por baixo do pano. Não se distingue parentesco. Somos livres para pensar de forma diferente de nossos filhos ou de nossos pais, tios e padrinhos. O PMDB do Paraná, entretanto, acha uma brecha, ou acha que encontra.
O diretório peemedebista entendeu ficar difícil para Reinhold Stephanes, pai e filho, deixarem de fazer campanha um para o outro. Sim, difícil é. Um é o ex-ministro de várias pastas, com atuação correta e destacada em função que exerceu. Outro, o filho, é um parlamentar atuante e firme em suas convicções políticas.
Assim, o PMDB autorizou a “infidelidade” em palanques, como destacou um jornal paranaense, a “Folha de Londrina”. Então, achou-se uma maneira de “flexibilizar” os dispositivos para as eleições proporcionais. Que pai e filho votariam um no outro, tudo bem, sabia-se. Mas que de posse de um microfone considerando o prestígio que desfrutam os Stephanes pai e filho, vão sair pelo Estado pregando um a candidatura do outro, embora pertençam a partidos diferentes.
Tudo bem, então. Daí, salvo melhor entendimento, daremos um passo para misturar os políticos de partidos diferentes campanhas para um outro. As dobradinhas continuarão, não só entre dois candidatos do mesmo partido, mas federal para cá, estadual também, ainda que em partidos diferenciados.
Não será dessa forma que teremos uma legislação partidária séria. Muito menos partidos organizados, atuantes e coerentes. Na verdade verdadeira, nada se consegue mudar. Parece até com o futebol de nosso país. Os jogadores são bons. Os técnicos mais ou menos. Os dirigentes, esses, então, são horríveis. E tudo vai continuar como está. Na política e no esporte.
Não se dá o devido valor aos partidos políticos no Brasil. Até porque os partidos não se entendem, não se afirmam, não se incomodam com eles próprios. Por que iriam se incomodar se poderão os políticos sentirem-se atraídos e para um outro mudar na primeira oportunidade? Claro, há exceções.
Não se quer, evidente, uma lei partidária tipo Arena e MDB. Mas não se entende, por outro lado o majestoso número de agremiações que gravitam pelo nosso sistema. Coligação, então, alianças, valem todas. Ideologia, programa partidário, só para vender imagem. Ninguém segue, ninguém quer, parecendo samba de Dolores Duran.
O PMDB do Paraná lutou bravamente para ter um candidato próprio ao Governo do Estado quando tudo se encaminhava para uma aliança com Beto Richa, valendo-se para isso o partido que o PMDB gerou – o PSDB. Roberto Requião é o candidato ao Palácio Iguaçu, podendo ocupá-lo pela quarta-vez. Certo ou errado, Requião está na luta, contra Beto, contra Gleisi, embora dedique a esta os mais respeitosos cumprimentos.
A lei eleitoral está vigendo, não se pode apoiar candidato de outro partido numa eleição, o que se faz então, por baixo do pano. Não se distingue parentesco. Somos livres para pensar de forma diferente de nossos filhos ou de nossos pais, tios e padrinhos. O PMDB do Paraná, entretanto, acha uma brecha, ou acha que encontra.
O diretório peemedebista entendeu ficar difícil para Reinhold Stephanes, pai e filho, deixarem de fazer campanha um para o outro. Sim, difícil é. Um é o ex-ministro de várias pastas, com atuação correta e destacada em função que exerceu. Outro, o filho, é um parlamentar atuante e firme em suas convicções políticas.
Assim, o PMDB autorizou a “infidelidade” em palanques, como destacou um jornal paranaense, a “Folha de Londrina”. Então, achou-se uma maneira de “flexibilizar” os dispositivos para as eleições proporcionais. Que pai e filho votariam um no outro, tudo bem, sabia-se. Mas que de posse de um microfone considerando o prestígio que desfrutam os Stephanes pai e filho, vão sair pelo Estado pregando um a candidatura do outro, embora pertençam a partidos diferentes.
Tudo bem, então. Daí, salvo melhor entendimento, daremos um passo para misturar os políticos de partidos diferentes campanhas para um outro. As dobradinhas continuarão, não só entre dois candidatos do mesmo partido, mas federal para cá, estadual também, ainda que em partidos diferenciados.
Não será dessa forma que teremos uma legislação partidária séria. Muito menos partidos organizados, atuantes e coerentes. Na verdade verdadeira, nada se consegue mudar. Parece até com o futebol de nosso país. Os jogadores são bons. Os técnicos mais ou menos. Os dirigentes, esses, então, são horríveis. E tudo vai continuar como está. Na política e no esporte.