Um soco na paixão nacional
*Adão Ribeiro
Sim, um soco na paixão nacional. Foi isso que vimos na derrota sem precedentes sofrida pela Seleção. 7×1 é motivo de gozação até em uma “pelada despretensiosa” de domingo. Imagine numa semifinal de Copa dentro de casa.
Isso nos leva a perceber que o Brasil não é o país do futebol (não atualmente, embora seja o maior vencedor). Talvez seja o país que mais ama futebol. Coisas distintas.
E parece que a paixão vem se tornando a nossa maior fraqueza, nos remetendo a um saudosismo sem ponto de chegada.
Sempre tem um comentarista lembrando o “gênio das pernas tortas”, o “deus negro que parou uma guerra” e até Zico, o maior craque que vi jogar, mas que entrou de mãos vazias na história das copas.
E tem mais paixão:
Pela Família Scolari, a fórmula mágica de 2002 e que, convenhamos, não existe desde então (a não ser como tragédia); Paixão dos jogadores, tremendo nas pernas com o estádio lotado de paixões.
O Hino Nacional, cantado ao máximo volume pelos atletas, agora parece uma atitude ufanista e menos cerebral – o cérebro – componente cada vez mais indispensável no futebol.
Enfim, um apanhado de coisas que se mostram sem eficiência. Lá se vão três copas perdidas (ou não ganhas) e as crianças ansiosas por uma grande conquista, daquelas de lavar a alma.
Infelizmente, o pessimismo me toma ao pensar que o país que mais ama futebol vê o futuro cada vez menos equilibrado, com nossos atletas saindo ainda “embriões” para potências da Europa e até para a periferia do esporte mais popular do planeta.
Enquanto isso, os clubes brasileiros estão na pendura, vendendo a sua essência por migalhas para honrar a folha de pagamento dos minguados talentos que ainda desfilam por essa terra.
E a situação dá no que deu: Brasileirão pobre, estaduais capengas e uma Seleção cada vez mais “importada”, movida por um patriotismo desmedido (a Pátria de Chuteiras?), impulsionado por uma mídia que, antes de tudo, é vendedora.
Não sei como fazer para reverter o quadro. Mas, é previsível que o novo/velho caminho esteja errado.
Na milionária gestora do futebol nacional fica assim: Marco Polo que sucede Marin que sucedeu Teixeira que sucedeu Havelange que, de tanto tempo no poder, parece que não sucedeu a ninguém. Por onde quer que eu vá, há um cheiro de bolor.
Em tempo:
Com pedidos de perdão pela “heresia”, poeta maior Carlos Drummond de Andrade.
Sim, um soco na paixão nacional. Foi isso que vimos na derrota sem precedentes sofrida pela Seleção. 7×1 é motivo de gozação até em uma “pelada despretensiosa” de domingo. Imagine numa semifinal de Copa dentro de casa.
Isso nos leva a perceber que o Brasil não é o país do futebol (não atualmente, embora seja o maior vencedor). Talvez seja o país que mais ama futebol. Coisas distintas.
E parece que a paixão vem se tornando a nossa maior fraqueza, nos remetendo a um saudosismo sem ponto de chegada.
Sempre tem um comentarista lembrando o “gênio das pernas tortas”, o “deus negro que parou uma guerra” e até Zico, o maior craque que vi jogar, mas que entrou de mãos vazias na história das copas.
E tem mais paixão:
Pela Família Scolari, a fórmula mágica de 2002 e que, convenhamos, não existe desde então (a não ser como tragédia); Paixão dos jogadores, tremendo nas pernas com o estádio lotado de paixões.
O Hino Nacional, cantado ao máximo volume pelos atletas, agora parece uma atitude ufanista e menos cerebral – o cérebro – componente cada vez mais indispensável no futebol.
Enfim, um apanhado de coisas que se mostram sem eficiência. Lá se vão três copas perdidas (ou não ganhas) e as crianças ansiosas por uma grande conquista, daquelas de lavar a alma.
Infelizmente, o pessimismo me toma ao pensar que o país que mais ama futebol vê o futuro cada vez menos equilibrado, com nossos atletas saindo ainda “embriões” para potências da Europa e até para a periferia do esporte mais popular do planeta.
Enquanto isso, os clubes brasileiros estão na pendura, vendendo a sua essência por migalhas para honrar a folha de pagamento dos minguados talentos que ainda desfilam por essa terra.
E a situação dá no que deu: Brasileirão pobre, estaduais capengas e uma Seleção cada vez mais “importada”, movida por um patriotismo desmedido (a Pátria de Chuteiras?), impulsionado por uma mídia que, antes de tudo, é vendedora.
Não sei como fazer para reverter o quadro. Mas, é previsível que o novo/velho caminho esteja errado.
Na milionária gestora do futebol nacional fica assim: Marco Polo que sucede Marin que sucedeu Teixeira que sucedeu Havelange que, de tanto tempo no poder, parece que não sucedeu a ninguém. Por onde quer que eu vá, há um cheiro de bolor.
Em tempo:
Com pedidos de perdão pela “heresia”, poeta maior Carlos Drummond de Andrade.